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Setor têxtil é contra a redução da jornada de trabalho

Nesta semana, dia 25, o presidente da ABIT Aguinaldo Diniz Filho, acompanhado de vários empresários do setor, subiu à tribuna da Plenária da Câmara dos Deputados para defender a permanência das 44 horas da jornada de trabalho e posicionar o setor contrário à PEC que propõe a redução para 40 horas. Num discurso eloqüente, subsidiado por números, mas principalmente, pela inquestionável situação macroeconômica do setor têxtil no Brasil e no mundo, o presidente da ABIT recebeu apoio de empresários de outros setores da economia que estavam presentes durante essa importante e histórica Audiência Pública que reuniu trabalhadores e empresários.
Um dos setores que mais será impactado caso a PEC seja aprovada, dada a intensa utilização de mão-de-obra, o setor têxtil e de confecção foi escolhido para participar da Audiência Pública, bem como encaminhou na véspera carta para todos os 533 parlamentares.
Abaixo, trechos do discurso do presidente da ABIT na Audiência:
“Sem que o Estado tivesse de pedir ou intervir, o mundo corporativo gerenciou, com pró-atividade e autonomia, a oferta de produtos, os níveis de produção, as horas trabalhadas e sua relação com os salários pagos. Todas as decisões basearam-se num saudável diálogo, permitindo às empresas dimensionarem custos e produção de maneira adequada a cada momento da ferrenha luta contra a crise. Foi, e continua sendo, um esforço de todos nós, brasileiros.”
“A redução compulsória da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, não atende aos interesses das empresas, e muito menos dos trabalhadores. Como também a pretensão da mesma proposta em aumentar o valor das horas extras dos atuais 50% para 75%, uma inoportuna idéia na contramão da realidade que se vive no País e no mundo. Tal proposta elevará os custos da produção indistintamente. A criação de emprego depende, como todos sabemos, de investimentos na produção, em infraestrutura, aumento do consumo, crescimento sustentado e o mais relevante, educação.”
“É ilusória, senhoras e senhores deputados, a crença de que a jornada menor propiciará a criação de dois milhões de postos de trabalho. Afinal, como contratar mais trabalhadores mediante aumento do custo da produção? Aumento do custo do produto final para os consumidores? Menos consumo é igual a menos emprego e renda. Por que trazer produtos da China, cujas condições de trabalho e respeito ao meio ambiente são mínimos? Por que exportar nossos empregos? Quem ganhará com isso? Perderemos todos nós!”


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