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Estilista exaltou moda feita à mão no DFB Festival 2025

Coleção de Vitor Cunha valorizou crochê free form de artesãos cearenses.

Na edição de 2025 do DFB Festival, o designer Vitor Cunha reafirmou o valor do trabalho artesanal como força criativa e expressão cultural. Com ênfase em crochê, macramê e detalhes em amigurumi — técnica japonesa que utiliza crochê ou tricô para confeccionar pequenos bonecos e objetos —, a coleção contou com a parceria da marca têxtil Círculo, por meio do movimento Sou de Algodão, e destacou as mãos que tecem, transformam e constroem narrativas por meio dos fios. O desfile da marca foi realizado no sábado (17/5), às 19h, na sala 1 do Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza (CE).

Intitulada “Profundo”, a coleção representou um mergulho no ser: um desfile que começou na areia, atravessou a pele e terminou na alma. As peças refletiram fluidez, introspecção e renascimento. Com silhuetas orgânicas, texturas que remetiam a redes de pesca, elementos marinhos e tecidos que variavam do leve ao mais encorpado, o desfile apresentou uma paleta de cores que mesclou tons terrosos com o azul profundo. “Foi um convite ao público para vestir não apenas o mar, mas sua própria jornada de redescoberta a cada mergulho interior”, conceituou Vitor Cunha.

Para fortalecer e celebrar a moda artesanal, o estilista uniu-se à Círculo, maior fabricante de fios para trabalhos manuais da América Latina, empresa que compartilhou total sinergia com seu processo criativo e feito à mão. Os fios Anne, Barroco Decore Luxo, Barroco Natural e Barroco Multicolor Premium foram transformados pelas mãos de sete artesãos e do próprio estilista em peças e acessórios que complementaram os looks do desfile. “Nesta coleção, o foco principal foi o macramê e o crochê free form. Valorizamos o modo livre e criativo de tecer de cada artesão, o que tornou as peças únicas e exclusivas. Embora a técnica siga uma lógica, cada um criou seu próprio design, misturando pontos, cores e texturas. Acredito que esse foi um dos pontos altos do projeto e o resultado ficou incrível”, avaliou Cunha.

O estilista reuniu diferentes técnicas — crochê, macramê e bordado — e inseriu o amigurumi no universo fashion, visível em acessórios de óculos e em ornamentos em forma de peixes beta com efeito 3D que adornaram as roupas e enriqueceram as produções. “Trago esse repertório manual desde 2019, quando comecei a explorar o macramê em combinação de texturas e os pontos de crochê em free form e degradê. Para esta coleção, tivemos um momento muito especial: as mãos. Novas mãos e novos olhares de pessoas que amam o que fazem. A marca cresceu e deixou de caminhar sozinha”, explicou Cunha.



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