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Financiamento das importações argentinas pode facilitar exportações brasileiras

O presidente do Sintex, José Altino Comper, participou de um seminário com o diretor do Banco de la Nación Argentina, Jorge Matias, nesta quarta-feira, dia 16 de novembro. O evento foi promovido pela Fiesc.

Matias explicou que a instituição pode financiar ou emitir carta de crédito para facilitar o pagamento dos importadores argentinos. A medida é importante porque traz maior previsibilidade para quem vende para a Argentina, terceiro principal destino dos embarques catarinenses.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, explica que, atualmente, os pagamentos feitos pelos importadores argentinos para os exportadores de qualquer lugar do mundo, inclusive os brasileiros, demoram cerca de 180 dias. “O financiamento permite que o exportador receba o dinheiro antes dos 180 dias, o que garante preço e prazo melhores”, avalia, lembrando que o banco tem filial em São Paulo.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Argentina, Federico Servideo, salientou que a Argentina passa por uma crise econômica complicada, mas que, do ponto de vista comercial, é preciso olhar o médio e o longo prazos. “Sem deixar de reconhecer as dificuldades, que não vão se resolver no curto prazo tão facilmente, aparecerão opções como essa que o banco nos apresentou, que vão permitir uma maior integração dos mercados. Mais do que concorrentes, somos economias complementares”, afirmou.

Ainda durante o evento, representantes de empresas catarinenses e argentinas apresentaram cases. Entre elas, destacam-se: a Círculo, de Gaspar; a Indumak, de Jaraguá do Sul, e as argentinas Fimaco, que tem filial em Lontras, no Alto Vale do Itajaí, e a plataforma Latindyl, marketplace voltado principalmente para fomentar pequenos e médios negócios.

Balança comercial: Santa Catarina exportou US$ 704,5 milhões para a Argentina no acumulado do ano até outubro. Entre os principais produtos embarcados estiveram: papel kraft, revestimento de ferros laminados planos, cerâmica não vitrificada, aços laminados planos, motores elétricos, fios de cobre, carne suína, parafusos de ferro e motores de pistão. No mesmo período, Santa Catarina importou US$ 1,5 bilhão do país vizinho. Entre as principais mercadorias compradas estiveram: veículos, polímeros de etileno, legumes congelados, polímeros de propileno, alumínio em formas brutas, leite concentrado, pesticidas, malte, queijo e vinho.

 

Com informações da Fiesc.



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