Notícias

Dólar sobe mesmo depois do segundo leilão do BC

Veículo: Estadão

Moeda americana, que chegou aos R$ 4,66 nesta quinta-feira, já acumula alta de cerca de 14% em 2020, a maior entre os mercados emergentes

 
 
 
 

 
 
 

 O Estado de S.Paulo

05 de março de 2020 | 09h15
Atualizado 05 de março de 2020 | 14h17

Nem mesmo a realização de um segundo leilão de dólares foi capaz de alterar a tendência de alta da moeda americana nesta quinta-feira, 5. Às 14h16, o dólar à vista subia 1,77%, sendo cotado R$ 4,6629, na máxima do dia.

LEIA TAMBÉM >Consumo das famílias puxa PIB, mas perde fôlego

Segundo levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast com nove casas de câmbio, o dólar turismo já é negociado a mais de R$ 4,87. 

Seguem no radar as expectativas no mercado financeiro de um possível corte na Selic, a taxa básica de juros, neste mês e a piora externa com a disseminação do coronavírus. Com o possível estreitamento na diferença dos juros interno e externo - e com alguns agentes do mercado já considerando a possibilidade de juros reais negativos no Brasil -, a tendência é que o investidor estrangeiro perca o interesse no País, o que pode estimular a saída de capital.

Ads by Teads

Na manhã desta quinta, mais instituições fizeram alteração em suas projeções para a economia brasileira. O Banco Safra reduziu a projeção de IPCA, a inflação oficial, de 3,5% para 3,3% no fim deste ano. O Banco Fibra reduziu a projeção de PIB de 2020 de 2,60% para 1,80%, mas elevou a de 2021 de 2,5% para 2,6%.

O Bank of America (BofA) Merrill Lynch ajustou as projeções para a Selic e agora enxerga dois novos cortes, de 0,50 ponto porcentual em março e 0,25 ponto porcentual em maio, com a taxa básica de juros do Brasil encerrando 2020 em uma nova mínima histórica de 3,50%.

Bolsa em queda

Na Bolsa, após alcançar a máxima aos 107.216,56 pontos, o Ibovespa caía 2,19% às 12h40, aos 104.909,06 pontos. 

As ações da Petrobrás chegaram a cair quase 2% - investidores continuam preocupados com os desdobramentos do avanço do coronavírus sobre a economia mundial e as Bolsas externas.  A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) recomendeu a países membros e seus aliados um corte adicional de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na produção de petróleo até o fim de junho deste ano.

Em Nova York as Bolsas pioraram e atingem novas mínimas, com o Dow Jones recuando mais 3%; Nasdaq perdia 2,61% e S&P 500, 2,93% no fim da manhã. 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar