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Previdência vira refém do corporativismo do Senado

Veículo: Estadão / BR Político

A reforma da Previdência, que parecia já favas contadas e deveria ser aprovada em primeiro turno pelo Senado nesta terça-feira, virou refém da revanche corporava do Senado contra a busca e apreensão feita tendo como alvo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). De forma arculada e sob o comando do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, a reforma foi adiada para dar lugar a uma sessão convocada às pressas para derruba vetos à Lei de Abuso de Autoridade. Ao mesmo tempo, Alcolumbre o líderes de vários pardos, do PT ao Centrão, arcularam em jantar na segunda-feira na residência oficial do Senado o adiamento da votação da reforma também na CCJ, como forma de deixar claro que o Senado vai cuidar primeiro de seus próprios interesses. Na sessão do Congresso convocada por ele, foi incluído também um projeto de crédito suplementar de R$ 3 bilhões para que possam ser pagas emendas parlamentares –condição incluída no pacote de negociação da reforma agora represada.

Em outra frente, afetando indignação, o presidente do Senado resolveu marchar até o STF para exigir a revogação da liminar contra Bezerra Coelho, como mostrou Marcelo de Moraes em post mais cedo aqui no BRP. Tem na manga outro trunfo, que pode usar ou não: a instalação da CPI da Lava Toga, que até aqui está segurando. O sequestro da Previdência teve como mentores, além de Alcolumbre e Braga, também senadores como Rogério Carvalho (PP), Eduardo Braga, líder do MDB e relator da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República, Oo Alencar (PSDBA) e outros. Eles chegaram com o prato feito para a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), que tentou reagir, juntamente com o relator da Previdência, Tasso Jereissa (PSDB-CE), mas foi atropelada. 



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