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Commodities Agrícolas

Veículo: Valor Econômico

Dólar e estoques

Na esteira da alta do dólar e de novos indicadores apontando para uma oferta confortável de café nos Estados Unidos, os preços do arábica recuaram na sexta-feira na bolsa de Nova York. Os papéis para dezembro caíram 165 pontos, para 96,35 centavos de dólar por libra-peso. A queda foi influenciada pela valorização do dólar ante o real, que estimula as exportações do Brasil, maior produtor mundial da commodity. Além disso, a Associação de Café Verde dos Estados Unidos informou que o estoque do grão ganhou 279 mil sacas de 60 quilos em julho, somando 7 milhões no fim do mês. No acumulado de janeiro a julho, o Brasil exportou aos EUA 4,4 milhões de sacas, alta de 50% ante igual período de 2018. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o arábica caiu 1,01%, para R$ 404,98 a saca.

Vendas aquecidas

Os dados que indicaram demanda em alta pelo algodão americano e os receios com a safra dos EUA deram impulso aos preços da pluma na bolsa de Nova York na sexta-feira. Os lotes de algodão para dezembro subiram 51 pontos, para 60,13 centavos de dólar a libra-peso. Na semana até 8 de agosto, o saldo líquido de vendas dos EUA ao exterior foi de 71,65 mil toneladas. O volume foi maior do que as 35 mil toneladas por semana que seriam suficientes para AdChoices PUBLICIDADE se alcançar a estimativa de exportação desta safra do USDA, disse o analista Keith Brown, da consultoria DTN, em nota. A previsão de calor e seca para o Texas nas próximas duas semanas também motivou a alta, disse. Na Bahia, o preço médio ficou em R$ 84,30 a arroba, segundo a Aiba, a associação local de produtores.

Pés no chão

A expectativa dos investidores a respeito da tradicional expedição a campo da consultoria Pro Farmer, que ocorrerá nesta semana, provocou especulações e sustentou os preços da soja na sexta-feira na bolsa de Chicago. Os lotes para novembro subiram 9 centavos de dólar, a US$ 8,7975 o bushel. Houve também um ajuste, após as cotações terem caído no início da semana a reboque do milho, ante o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA. Mas, para analistas, as mudanças nas estimativas da soja foram neutras. O analista Stephen Davis, da consultoria RJO Futures, disse que os preços podem continuar a subir se cair o rendimento das lavouras. No porto de Paranaguá (PR), o indicador Esalq/BM&Bovespa subiu 0,26%, para R$ 85,62 a saca.

Olho nas lavouras

Em correção de preços e com a expectativa de queda da produtividade das lavouras americanas de milho, os preços do cereal subiram na bolsa de Chicago na sexta-feira. Os papéis para dezembro fecharam a US$ 3,8075 o bushel, alta de 9,75 centavos de dólar. Ao Valor, o analista Karl Setzer, da consultoria Agrivisor, disse que os preços estão começando a se recuperar do choque provocado pelos relatórios divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no início da semana passada sobre área e oferta e demanda. Tony Cholly, da consultoria RJO Futures, disse que há boas chances de recuperação nos preços com o surgimento de novas intempéries. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para o cereal caiu 0,22%, para R$ 36,14 a saca.



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