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Número de empregos na Indústria têxtil caiu 20% na última década em Blumenau

Veículo: NSC Total

Faz pouco mais de duas décadas que 40% dos empregos de Blumenau eram vinculados à indústria têxtil e metade das empresas do município eram relacionadas à atividade de vestuário. Nesse período, diversas indústrias do ramo transferiram a produção para outros municípios e a proporção de blumenauenses trabalhando nas empresas têxteis diminuiu para pouco menos de 20%. As informações são do Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad), vinculado à Furb.

As demissões se multiplicaram nos últimos dez anos na indústria de transformação, que tem o segmento têxtil como o mais representativo em Blumenau. Após saldo positivo de 2,7 mil contratações em 2010, o setor iniciou uma queda gradativa de empregos, alcançando o pior resultado em 2015 com o fechamento de 3,5 mil postos de trabalho em um único ano. Entre 2009 e 2018, o saldo foi de fechamento de 4,4 mil vagas.

Renato Valim, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), considera que os empresários deixaram Blumenau em busca de incentivos fiscais, terrenos disponíveis para construção do parque fabril, mão de obra mais barata e proximidade dos grandes centros de consumo nacional.

– A indústria têxtil de Blumenau irá se manter nos próximos anos, sem apresentar grande crescimento. Ela possivelmente irá diminuir a importância econômica para Blumenau, que já foi muito grande, mas segui-rá sendo relevante para a cidade – projeta.

O secretário da Fazenda de Blumenau, César Poltronieri, justifica que o município não concede incentivos fiscais para a permanência das indústrias têxteis porque há muitos outros fatores que dificultam a instalação de grandes empresas na cidade. Entre eles estão: a dificuldade de escoamento da produção, já que não há rodovia duplicada para o porto, e a topografia de Blumenau.



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