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Como será a moda em 2030?

Veículo: All Lingerie

Um conjunto de ferramentas interativas foram lançadas na 10ª edição da Copenhagen Fashion Summit, para explorar como as atuais tendências – desde as alterações climáticas à Inteligência Artificial, passando pelo nacionalismo – podem moldar a indústria da moda no futuro.

Pelas mãos da organização não governamental Forum for the Future e do Centre for Sustainable Fashion (CSF) do London College of Fashion, com o apoio da C&A Foundation, foi criada a plataforma Fashion Futures 2030, que explora quatro possíveis cenários futuros da moda e do meio ambiente, resumidos pelo just-style.com.

A ideia é que, ao olharem para estes cenários, profissionais da indústria, docentes do mundo da moda e estudantes possam compreender o quão radicalmente diferente o futuro pode ser e consigam desenvolver produtos e inovações adequados ao futuro, assim como estratégias de comunicação e de negócio. Os cenários foram criados para ajudar a identificar riscos e oportunidades, simular novas ideias, testar estratégias negociais e planear o sucesso.

“A Fashion Futures 2030 pede-nos para questionar o nosso vício em relação ao atual sistema da moda, para vermos além da adrenalina e do sentimento de satisfação que nos é vendido e considerar o que realmente queremos, quer seja uma através de uma carreira na moda, através da educação ou das escolhas do nosso estilo pessoal”, disse a docente Dilys Williams, diretora do CSF.

Viver com menos: conectados e amantes da natureza

Neste cenário, uma década de catástrofes climáticas deixou boa parte da população devastada, seja pela escassez de alimentação ou pelas fortes intempéries. Isto motivou a ação de poderosas empresas, que baniram os combustíveis poluentes e diminuíram as suas emissões de dióxido de carbono.

qui, a moda lenta é o novo normal, com as redes sociais a mudarem as mentalidades rumo à sustentabilidade.

O exagero: ao ritmo da tecnologia

Nesta projeção, os avanços na Inteligência Artificial (IA) eliminaram a necessidade de mão-de-obra, deixando muita da população mundial dependente de um salário básico universal.

Os governos e as empresas estão a trabalhar para reduzir rapidamente as emissões de dióxido de carbono através de investimentos sustentáveis. A fast-fashion prospera, à medida que as compras online se tornam ainda mais acessíveis. O vestuário é casual, sem gênero, descartável e totalmente reciclável após algumas utilizações.

Corrida segura: proximidade e fragmentação cultural

De acordo com este cenário, uma recessão global conduziu ao crescimento do nacionalismo e à quebra do Acordo de Paris, deixando a ação climática nas mãos do movimento The Environmental Truth.

Um elevado número de mortes relacionadas com o meio-ambiente causaram bastantes conflitos e grande instabilidade. A moda é inspirada por identidades políticas e o patriotismo é uma referência para a indústria. As cadeias de aprovisionamento regionalizam-se.

Abraçar o caos: foco nas pessoas e a reinvenção dos governos

Depois do falhanço no combate às alterações climáticas, segundo este cenário, o mundo vive intensas catástrofes climáticas, causando instabilidade social. Já que os líderes mundiais falharam à sociedade, o poder é redistribuído pelos governos locais, que pretendem ser autossuficientes e resilientes. As matérias-primas são escassas e o vestuário é usado durante muito tempo, para ser depois reparado, alterado e reutilizado.

“O mundo está prestes a atravessar tempos turbulentos, com as alterações climáticas, a escassez de recursos, o crescimento da população e outros desafios que irão moldar 2020 e o futuro da moda. No Forum for the Future, estamos a ouvir muitos líderes empresariais sobrecarregados por esta incerteza e pelas expetativas de agir”, afirmou Sally Uren, CEO do Forum for the Future.

Para Dilys Williams, a iniciativa abre os horizontes da indústria. “A ferramenta examina onde as nossas atuais práticas nos irão levar, e, simultaneamente, permite-nos considerar os caminhos que podemos seguir para mudar ou apoiar uma direção em particular. É uma oportunidade de moldarmos o futuro, sermos dissidentes e pragmáticas e, decisivamente, encontrar formas de criar um futuro onde juntos podemos todos ser bem-sucedidos”, explicou.



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