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Chefes dos três poderes assinarão 'pacto' por retomada do crescimento, diz Onyx

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre(DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (28) e conversaram sobre um "pacto entre poderes". O ministro da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, também participaram.

Bolsonaro tenta uma reaproximação com os chefes dos Poderes. Nos bastidores, integrantes do Congresso e do Judiciário avaliam que, mesmo com desconfianças em relação a Bolsonaro, é necessário investir rapidamente em um acordo para evitar que as crises política e econômica se aprofundem.

Após o café, Onyx afirmou que os presidentes dos três poderes da República assinarão um pacto com um conjunto de metas e ações possivelmente na semana do dia 10 de junho. Sem dar detalhes sobre o documento, ele destacou que o Brasil vive uma crise de empregabilidade e de dificuldades econômicas, e que da reunião realizada hoje se consolida a ideia de formalizar um pacto "a favor da retomado do crescimento".

"Da reunião de hoje se consolida a ideia de que se formaliza um pacto de entendimento e algumas metas de interesse da sociedade brasileira a favor da retomada do crescimento", disse.

Segundo ele, o pacto será construído em comum acordo entre os Poderes, sendo que o texto base já foi apresentado hoje durante o encontro, "praticamente validado por todos". Onyx observou que o texto inicial é do presidente da Suprema Corte. Em outubro do ano passado, Toffoli havia adiantado ao Broadcast Político sua intenção de realizar um pacto entre os Poderes, para garantir a realização de reformas capazes de recuperar o quadro econômico brasileiro.

Onyx disse que o encontro estabelece a continuidade do diálogo e da harmonia e relembrou conflitos que aconteceram na história recente entre os Poderes. O ministro também afirmou que esses encontros periódicos vão se repetir para que "o diálogo entre os Poderes esteja cada vez mais fluído e sempre a favor do Brasil". "A reunião de hoje foi a continuidade de processo de diálogo que o presidente já tinha iniciado. Brasil precisa ter harmonia e entendimento entre todos os Poderes", disse.

Questionado se a reforma da Previdência estará prevista como uma das metas do pacto, o ministro respondeu ser "claro que reformar o sistema previdenciário brasileiro é uma exigência". "Brasil está desequilibrado fiscalmente e tem um déficit fiscal de R$ 50 bilhões por ano, que tem origem só na Previdência. Claro que isso fez parte da conversa, estão todos preocupados. Todos querem construir um caminho, como a gente diz, que possa passar o portal do equilíbrio fiscal e aí, ir para o caminho da prosperidade que é o que todos nós desejamos", respondeu.

Guedes negou que as manifestações ocorridas no último domingo possam ter deteriorado a relação entre Executivo, Judiciário e Legislativo. Nos atos, membros do Congresso e do Judiciário foram alvo. Manifestantes também defenderam a realização de reformas como da Previdência e tributária. "Foi um café da manhã excelente. Não há nenhum antagonismo entre os Poderes. Estamos confiantes de que Congresso vai aprovar a reforma", afirmou.

Em outubro do ano passado, o Broadcast Político revelou a intenção de Toffoli em realizar um pacto entre os Poderes, para garantir a realização de reformas capazes de recuperar o quadro econômico brasileiro. À época, ainda antes do segundo turno eleitoral, o presidente da Corte afirmou que era preciso pensar o futuro do País "naquilo que tem de essencial, que é a responsabilidade fiscal e o combate à dívida pública",

Veículo: Estadão

Seção: Política



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