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Bolsonaro minimiza decisão da Câmara e diz: 'Coaf continua no governo'

O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta quarta-feira, durante evento em homenagem ao aniversário de Israel, a decisão da Câmara dos Deputados de deixar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Economia. O resultado foi interpretado como uma derrota do governo que trabalhava para deixar o órgão sob o comando do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

“Continua no governo, continua no governo”, minimizou Bolsonaro, ao ser questionado se a decisão de deixar o Coaf com o ministro Paulo Guedes seria uma derrota para o governo. Mais cedo, o plenário da Casa decidiu, por 228 votos a 210, que o órgão deveria ficar no Ministério da Economia. 

Sobre as alterações feitas no decreto das armas, o presidente afirmou que foram feitas “pequenas alterações”, mas destacou que, “no mérito, na alma, o decreto continua o mesmo”. 

Em relação às manifestações do próximo domingo, Bolsonaro reforçou que não compareceu, mas afirmou que cada membro do governo terá liberdade para escolher se comparecerá ou não. “Todo mundo é maior de idade e sabe o que faz. Eu não comparecerei. No entanto, eu respeito a cidadania popular. É um direito popular”. 

Em um discurso de cinco minutos, Bolsonaro lembrou dos acordos celebrados por ele com Israel durante sua passagem pelo país, entre março e abril. 

“Estando em Israel dessa última vez, já como presidente da República, fizemos vários acordos. Israel, que é menor do que o menor estado do Brasil, Sergipe, é uma potência no mundo. Temos muito a aprender e muito a oferecer”, disse Bolsonaro. “Além dos acordos, firmamos parcerias para que, com a tecnologia deles, em um primeiro momento, com nossas riquezas minerais, no tocante a biodiversidade, possamos desenvolver tudo isso para o bem dos nossos povos”, completou. 

Durante a viagem de Bolsonaro a Israel, foram firmados seis acordos de cooperação em áreas distintas – defesa, serviços aéreos, prevenção e combate ao crime organizado, ciência e tecnologia e um memorando de entendimento em segurança cibernética. 

Em seu discurso, Bolsonaro afirmou ter se sentido honrado pela presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu em sua posse, e destacou que “deu sorte” para o premiê israelense vencer a eleição dias após sua visita.

O presidente afirmou ainda ter se aproximado de Israel quando ainda não ocupava o atual cargo, em um momento que, segundo ele “era uma época de incertezas tendo em vista a situação política em que se encontrava o nosso querido Brasil”. 

Ele lembrou ainda de sua primeira ida a Israel, quando aceitou o convite “para descer as águas do Rio Jordão”. “Confesso que foi uma refrigeração para minha alma. Naqueles dias que estive lá, conheci um povo maravilhoso, que, antes de tudo, tem fé”. 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Política



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