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Dólar tem manhã de alta com cautela diante de guerra comercial entre EUA e China; Ibovespa cai

O dólar segue em alta frente o real nesta terça-feira, 7. Dois fatores estão sob os holofotes dos investidores: a ameaça de aumento de 10% para 25% das tarifascobradas pelos Estados Unidos sobre as importações da China, a partir desta sexta-feira, 10, e a espera dos debates da reforma da Previdência. 

A guerra comercial também afeta Bolsas no exterior e o Ibovespa. Nem mesmo a informação de que membros dos dois países devem se reunir ainda nesta semana limita as perdas nos mercados acionários. Às 12h05, o Ibovespa caía 1,67%, aos 93.419,78 pontos. Na segunda-feira, 6, fechou em queda de 1,04%, aos 95.008,66 pontos.

No mesmo horário o dólar tinha alta de 0,035, sendo cotado a R$ 3,9902.

Para Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM, por enquanto não há sinais de alta na B3, a Bolsa de São Paulo, tomando como base o desempenho dos índices futuros em Nova York. "Com a notícia de que o secretário dos EUA Robert Lighthizer confirmou que as tarifas chinesas subirão para 25%, as Bolsas reagem em baixa, na Europa e em Nova York. Aqui, não deve ser diferente", diz.

Além do fator externo, o economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini, cita a falta de notícia doméstica, o que reforça a cautela interna. Para completar, afirma que as confusões no governo também não devem estimular o investidor. "A falta de noticia por aqui e essas brigas estão desviando a atenção", diz. Depois de mais ataques do escritor Olavo de Carvalho e do troco de ministros militares, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não existem grupos no seu governo, mas "um time só".

Apesar de a primeira reunião da Comissão Especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara estar marcada para esta terça, não há grandes expectativas com relação a esse evento. Pelos próximos dias, acrescenta o economista, não deve ter grandes notícias relacionadas à reforma. "Temos de esperar como ficará o texto, o quanto será desidratado."

O balanço da Petrobrás, a ser divulgado nesta terça-feira após o fechamento da B3, também gera certa cautela. Isso porque a estatal deve informar resultado fraco no primeiro trimestre de 2019. O desempenho, conforme analistas, deve refletir a menor produção diante de paradas para manutenção, além da queda do petróleo brent no período. O petróleo em queda empurras as ações da estatal para baixo.

Ainda no meio corporativo, o mercado está de olho na Vale, cujos papéis caem. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) suspendeu decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte que autorizava a retomada das atividades da barragem Laranjeiras e do complexo minerário de Brucutu (MG).

Reforma da Previdência

A Comissão Especial da Câmara tem sessão na tarde desta terça, a partir das 14h30, mas está prevista apenas a apresentação do plano de trabalho pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e a deliberação de requerimentos já apresentados. Ainda assim, o colegiado ficará no radar. 

Só na quarta-feira, 8, começam as audiências públicas - o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi convidado a participar, mas ainda não confirmou presença.

Veículo: Estadão

Seção: Economia e Negócios



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