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Fast Fashion cria moda sustentável com fibras de abacaxi e cascas de laranja
Uma coisa é fato: de uns tempos para cá, as gigantes do setor têxtil têm repensado suas práticas de produção e levado cada vez mais a sério o conceito de sustentabilidade. De carona na onda do eco-fashion, a sueca H&M lançou a coleção de primavera Conscious Exclusive Collection que, como o próprio nome sugere, foi toda produzida visando diminuir o impacto ao meio ambiente.
No lugar de materiais extremamente poluentes, como viscose e poliéster, a rede de fast fashion utilizou o Piñatex, uma alternativa ao couro animal feita a partir da fibra das filhas da planta do abacaxi. Além disso, desenvolveram um tecido com o toque muito parecido com a seda criado com as cascas de frutas cítricas como a laranja. A chamada espuma Bloom, extraída da biomassa das algas marinhas, também foi usada no processo de confecção dos modelos.
A iniciativa traz à tona uma discussão importante: como a moda sustentável pode mudar de vez nossos hábitos de consumo? Segundo dados da “BBC”, a indústria têxtil é uma das que mais polui o meio ambiente depois do setor petrolífero. O poliéster, fibra sintética muito usada no mercado, consome cerca de 70 bilhões de barris de petróleo. E o pior: o descarte desenfreado desse material pode demorar mais de 200 anos para se decompor. Já a viscose provoca mais 70 milhões de árvores derrubadas. A produção desenfreada de algodão também contribui para os números alarmantes da indústria. São milhares de substâncias tóxicas com impactos nocivos ao solo despejadas diariamente. Além disso, a simples fabricação de uma única camiseta pode consumir até 2.700 litros de água.
Perfil do consumidor
De uns tempos para cá, a moda sustentável passou a ser fator importante na decisão de compra do consumidor. Segundo relatório de 2018 da Nielsen, os millennials estão dispostos a gastar mais por produtos que tenham o selo ecofriendly. Além disso, quase um terço considera as credenciais éticas de uma marca motivo decisivo na escolha do produto.
Levantamento feito pela World Data Lab, aponta que o poder de compra global dos jovens consumidores deve ser, em breve, maior do que o de qualquer outra geração.
MILLENNIALS (CLIQUE para saber mais)
Nascidos entre o início dos anos 1980 e meados dos anos 1990
Profissionalmente indecisos, eles buscam um propósito maior em suas atividades no ambiente de trabalho. A geração que vivenciou a revolução da internet também deu início à grande onda de empreendedorismo e startups. Por isso, mais importante do que ter dinheiro é estar feliz.
HÁBITOS
• Deixam a casa dos pais cada vez mais tarde
• Valorizam o consumo com propósito
• Abandonaram a ideia de posse e abraçaram o consumo compartilhado
• Críticos e exigentes nas compras
• 80% desejam que as marcas os entretenham
Veículo: Consumidor Moderno
Seção: Notícias
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