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Prisão de empresário se deu dentro de avião

Eram 8h22 quando o vôo da Gol 1745 pousou em Brasília, na manhã de hoje, vindo do Recife. O avião permaneceu em solo, sem procedimento de abertura de portas, por 10 minutos até que dois agentes da Polícia Federal entraram: “Não sai ninguém, ninguém levanta”. Dirigiram-se ao passageiro que estava na quinta fileira do vôo e pediram que o acompanhassem. Era Ricardo Essinger, presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, alvo da Operação Fantoche, da Polícia Federal, que também prendeu o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, além dos presidentes das Federações das Indústrias da Paraíba e de Alagoas.

“Não estou entendendo nada”, disse Essinger aos passageiros do entorno, ao se levantar e sair de cabeça baixa. Aos 78 anos, Essinger é dono da Óxidos do Nordeste, empresa que produz pigmentos para a indústria de tintas. Estava havia 30 anos na Fiepe, onde foi diretor, vicepresidente e integrante dos Conselhos do Senai e do Sesi. 

Eleito em 2016, Essinger substituiu Jorge Porto Real, hoje deputado federal (PTB), e integrante do grupo que comanda a Federação das Indústrias há 12 anos. A investigação, que se iniciou a partir de relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCU), identificou contratos superfaturados para o repasse de recursos do Sistema S e do Ministério do Turismo para prefeituras por meio de empresas de fachada. O esquema teria movimentado mais de R$ 400 milhões. O esquema de fachada para os quais esses recursos eram desviados seriam operados pela agência de publicidade Aliança, que há anos presta serviços à Fiepe. Dois dirigentes da agência também foram detidos na operação.

Veículo: Valor Econômico

Seção: Política



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