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Consumo deve crescer mas recuperação é tímida, diz diretor da Grendene

A fabricante de calçados Grendene, dona das marcas Melissa, Ipanema e Rider, tem perspectiva de que o consumo no país deve crescer em 2019, mas a recuperação econômica ainda é tímida. 

"Não temos fatos que confirmem a expectativa de melhora. Para o setor de calçados, existe a possibilidade de expansão de 3% a 5% neste ano, mas esta foi a mesma projeção dada para 2018, não concretizada”, disse Francisco Schmitt, diretor administrativo financeiro e de relações com investidores.

Segundo o executivo, a expectativa é de que as medidas econômicas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ajudem a melhorar a demanda pelo consumo. É preciso que o desemprego caia e a renda melhore.

Com a crise no país entre 2013 e 2018, cerca de 210 milhões de pares de calçados deixaram de ser vendidos, disse Schmitt. Portanto, o executivo espera que a demanda aumente gradativamente a partir deste ano. 

“Seja qual for a situação de mercado, esperamos elevar a margem e aumentar a produtividade”, afirmou o diretor em teleconferência sobre os resultados financeiros do quarto trimestre de 2018.

Exportações para os Estados Unidos 

A nova lei de comércio exterior nos EUA que reduziu as tarifas de importação para 1,6 mil produtos, como calçados, não impacta as expectativas de exportação da Grendene para esse mercado, segundo Schmitt.

A medida, que entrou em vigor em outubro de 2018, valerá até dezembro de 2020. 

O executivo afirmou que a companhia se esforça para “aumentar a exportação para os Estados Unidos, que poderiam ser mais representativos nos resultados”, mas tem o interesse de vender produtos de marca própria com as margens iguais ou superiores às praticadas no Brasil.

“Não queremos exportar o calçado commodity, com grande volume, mas com preços e margens baixas”, afirmou Schmitt.

O executivo também comentou que não existe expectativa para decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a recuperação dos tributos de PIS e Cofins pagos pela companhia. “A decisão ainda não transitou, mas quando acontecer, vai servir para todas as empresas.” 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Empresas



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