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Eleições contribuem para aumento do custo da indústria, diz CNI

Os custos da indústria brasileira subiram 3,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, na série livre de efeitos sazonais, informa o Indicador de Custos Industriais, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 12 de dezembro.

Os custos da indústria brasileira subiram 3,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, na série livre de efeitos sazonais, informa o Indicador de Custos Industriais, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 12 de dezembro.

As incertezas do período eleitoral, que provocaram a desvalorização do real no terceiro trimestre, contribuíram para a alta dos bens intermediários importados utilizados nos processos de produção, segundo a CNI.

De acordo com o estudo, o custo com bens intermediários nacionais e importados aumentou 5,3% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, na série de dados dessazonalizados. 

Foi o segundo maior aumento registrado desde o último trimestre de 2015 e só ficou atrás do verificado no segundo trimestre deste ano.

Os custos com bens intermediários importados subiram 9,1% e os dos insumos nacionais aumentaram 4,6% no terceiro trimestre frente ao segundo trimestre, na série com ajuste sazonal. 

No mesmo período, o custo com energia aumentou 6,4%. Foi o quinto trimestre consecutivo de elevação desse componente. Mesmo com a manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano, o custo da indústria com capital de giro cresceu 3,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre.

O primeiro aumento depois de nove meses consecutivos no indicador pode ser resultado das incertezas do período eleitoral, avalia a CNI. 

Apesar da alta de custos, as empresas conseguiram repassá-la. No mesmo período em que os custos subiram 3,8%, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 4,2%, sem comprometer a lucratividade das empresas.

A competitividade dos produtos brasileiros também melhorou, pois, com a valorização do dólar, os custos dos manufaturados importados subiram 12,2%.

O ganho de competitividade da indústria brasileira também ocorreu no mercado internacional. Enquanto os custos industriais se elevaram em 3,8%, o índice de preços dos produtos manufaturados nos Estados Unidos, em reais, aumentou 10,4% no período, diz o estudo.

Veículo: Valor Econômico

Seção: Brasil



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