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Produção industrial do país cresce 0,2% em outubro, aponta IBGE

A indústria brasileira produziu 0,2% a mais na passagem de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A leitura ficou bem abaixo das estimativas de 28 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que previam aumento de 1,2% em outubro. O intervalo ia de elevação de 0,2% a 2,1%.

Com o resultado de outubro, o setor inicia o quarto trimestre recuperando uma parcela pequena das perdas dos três meses anteriores. A produção recuou em julho (-0,2%), em agosto (-0,7%) e em setembro (-1,8%), conforme os dados divulgados nesta terça-feira.

Ante outubro de 2017, a produção industrial cresceu 1,1%, após uma queda de 2,2% em setembro, no mesmo tipo de comparação.

De janeiro a outubro deste ano, a indústria avançou 1,8% e apresentou alta de 2,3% nos 12 meses encerrados em outubro.

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A produção de bens intermediários, semiduráveis e não duráveis limitou o crescimento da indústria em outubro. De acordo com dados do IBGE, a produção de bens intermediários diminuiu 0,3% ante setembro, afetado pela queda na produção de alimentos, de produtos metalúrgicos e também de derivados do petróleo. A indústria extrativa, contudo, teve avanço no mês, de 3,1%.

Segundo André Macedo, gerente da pesquisa, foi a produção de açúcar que pesou na produção de alimentos em outubro, com a aproximação do fim da safra de cana-deaçúcar. O desempenho dessa atividade dentro da pesquisa também tem sido volátil, dependendo da destinação da cana.

Já a produção de bens semiduráveis e não duráveis declinou 0,2% na passagem de setembro para outubro. Neste caso, os alimentos também influenciaram negativamente, mas focado no complexo de carne, que registrou retração. A produção de álcool também pesou. A queda não foi maior porque a produção de bebidas avançou 8,6%.

“Os bens intermediários e os bens semiduráveis e não duráveis representam 80% da pesquisa. Então, claro que eles influenciaram nesse tom mais moderado da produção em outubro”, acrescentou Macedo.

Em relação aos bens duráveis, houve alta de 4,4% de setembro para outubro. Dos destaques, está a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, com avanço de 3% no mês.

Nos bens de capital, houve alta de 1,5% de setembro para outubro. Neste caso, o avanço tem relação com a fabricação de máquina e equipamentos (+8,8%) e também o avanço na produção de caminhões. 

Setores

Apesar do desempenho modesto da produção industrial em outubro, o crescimento foi disseminado, com mais da metade das atividades industriais apresentando taxas positivas ante setembro. Dos 26 ramos analisados, houve crescimento em 17 no comparativo mensal. 

Dos principais destaques positivos da pesquisa estão as indústria extrativas (+3,1%), máquinas e equipamentos (+8,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+3%) e bebidas (+8,6%). Os quatro setores haviam registrado queda em setembro. 

No lado negativo, destacaram-se por seu peso na pesquisa a queda de produtos alimentícios (-2%), metalurgia (-3,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,2%). 

Difusão

Dos 805 produtos acompanhados pela pesquisa industrial do IBGE, 426 apresentaram aumento de produção em outubro, em relação a um ano antes. O chamado índice de difusão foi, assim, de 52,9%, acima daquele registrado em setembro (46,5%). 

O melhor resultado veio de bens de consumo duráveis, com 60% dos produtos em campo positivo. Isso é explicado pelo desempenho de automóveis.

Veículo: Valor Econômico

Seção: Brasil



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