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Bolsa fecha em alta de 1,8% e dólar cai a R$ 4,13 com pesquisas eleitorais

O dólar voltou a bater em R$ 4,20 logo após a abertura dos negócios nesta segunda-feira, 17, mas após operar perto da estabilidade, engatou queda na parte da tarde e terminou o dia com recuo de 0,86%, a R$ 4,1292, o menor valor em uma semana.

Pela manhã, o cenário eleitoral acabou provocando nervosismo nas mesas de câmbio, principalmente pelo crescimento de Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenção de voto e sondagens de instituições financeiras. Mas a queda da moeda norte-americana no exterior, ante divisas de emergentes e alguns países desenvolvidos, acabou contribuindo para estimular a venda da moeda aqui. 

O dólar voltou a bater em R$ 4,20 logo após a abertura dos negócios nesta segunda-feira, 17, mas após operar perto da estabilidade, engatou queda na parte da tarde e terminou o dia com recuo de 0,86%, a R$ 4,1292, o menor valor em uma semana.

Pela manhã, o cenário eleitoral acabou provocando nervosismo nas mesas de câmbio, principalmente pelo crescimento de Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenção de voto e sondagens de instituições financeiras. Mas a queda da moeda norte-americana no exterior, ante divisas de emergentes e alguns países desenvolvidos, acabou contribuindo para estimular a venda da moeda aqui. 

O dólar tem tido dificuldade de romper este nível de forma consistente, segundo profissionais do mercado, justamente porque atrai vendedores. Ao mesmo tempo, o diretor técnico da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, destaca que o dólar tem se consolidado acima de R$ 4,10 e valores próximos a essa cotação são, neste momento, oportunidades de compra. Na mínima do dia, o dólar caiu a R$ 4,1170. 

Para a moeda cair abaixo desse valor, em direção aos R$ 4 ou abaixo, o diretor ressalta que é preciso um fato novo nas eleições, que seria uma arrancada de Geraldo Alckmin (PSDB) ou Jair Bolsonaro (PSL) ganhando ainda mais votos. O militar reformado tem ganhado terreno nas últimas pesquisas e tem se mostrado mais competitivo no segundo turno na simulação com seus rivais. 

No exterior, o dólar caiu ante moedas de emergentes, como Argentina, Rússia e Chile, e alguns desenvolvidos, como o Japão, com declarações do diretor do conselho econômico nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, que prometeu para breve anúncios sobre tarifas adicionais à China. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras seis divisas fortes, recuava 0,45% pela tarde. O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu anunciar na noite desta segunda-feira as novas tarifas.

Bancos se destacam na Bolsa

O mercado acionário brasileiro se descolou das bolsas de Nova York e o Ibovespa, principal índice de ações do País, teve alta de 1,80% nesta segunda-feira, aos 76.788 pontos. Uma interpretação mais otimista das últimas pesquisas eleitorais foi determinante para o sinal positivo das ações, com o investidor enxergando menor chance de vitória de um candidato não reformista na eleição presidencial. 

"Apesar do crescimento de Fernando Haddad (PT) ter sido detectado por todas as pesquisas eleitorais desde a oficialização de sua candidatura, houve uma mudança a favor de Jair Bolsonaro (PSL) nas simulações de segundo turno. Se antes ele perdia de todos os outros candidatos, agora ele está em empate técnico com todos", disse um gerente de mesa de uma tradicional corretora. "O mercado queria Alckmin, por considerá-lo reformista, mas diante de sua estagnação, está concedendo o benefício da dúvida a Bolsonaro", concluiu.

A melhora do humor do investidor se refletiu em praticamente todos os setores representados na Bolsa, mas principalmente nas ações com maior volume de negociação, que melhor reproduzem a percepção de risco político. Os papéis do setor financeiro subiram em bloco, com destaque para os do Banco do Brasil, que tiveram ganho de 3,42%. As demais estatais também subiram: Eletrobrás ON e PNB ganharam 4,08% e 3,94%, respectivamente; e Petrobrás ON e PN subiram 2,14% e 3,25%.

"A alta da Bolsa (a despeito das quedas em Nova York) foi gerada por um evento doméstico, com a melhora da colocação do candidato do PSL nas simulações de primeiro e segundo turno. Mas se olharmos o cenário internacional, o cenário não foi tão favorável, com a intensificação da tensão comercial entre Estados Unidos e China", disse Daniel Xavier, economista-chefe do DMI Group. 

Na última sexta-feira, o instituto Datafolha havia detectado crescimento de Jair Bolsonaro e de Fernando Haddad. Na simulação de segundo turno, os candidatos do PSL e do PT teriam empate técnico, marcando 41% e 40%. A elevação das intenções de voto nas duas candidaturas continuou a ser detectada por outras pesquisas, sendo a última a CNT/MDA, divulgada pela manhã. O levantamento mostrou Bolsonaro com 39% e Haddad com 35,7% na simulação de segundo turno.

Veículo: Estadão

Seção: Economia e Negócios



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