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Conta de luz pode subir em média 24,42% para 223 cidades do interior e litoral de SP

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira três reajustes tarifários da conta de luz, todos acima de 15%. Os consumidores da Elektro, distribuidora de energia que atua em 223 cidades do interior de São Paulo, serão alvos do maior reajuste, com alta média de 24,42% na tarifa. 

No caso da Energisa Paraíba, a conta vai subir 15,73%, em média. Já os consumidores da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), a alta média será de 16,94%.

O reajuste da Elektro atinge a maior parte das cidades do interior e litoral de São Paulo, além de cinco municípios do Mato Grosso do Sul, chegando a um total de 6 milhões de pessoas atendidas. 

Pela decisão, o reajuste para consumidores de alta tensão, as indústrias, será de 26,75%. Os de baixa tensão, casas de pessoas físicas, comércios e escritórios, serão alvo de um aumento de 23,20%. O preço reajustado passa a ser aplicado a partir de 27 de agosto.

Na Energisa Paraíba, o reajuste será aplicado a partir de 28 de agosto, com alta de 16,75% para consumidores de alta tensão e de 15,41% para os de baixa tensão. O aumento atinge aproximadamente 3,3 milhões de habitantes em 216 municípios da Paraíba.

Na Cemar, que cobre 217 municípios e atende mais de 2,46 milhões de clientes no Maranhão, os consumidores de alta tensão terão alta de 17,86%, enquanto os de baixa tensão sofrerão reajuste de 16,77%. O aumento também passa a valer a partir de 28 de agosto.

As decisões sobre os reajustes anuais foram aprovadas por unanimidade nesta terça-feira, 21, em audiência pública realizada pela diretoria da Aneel.

Falta de chuvas

A escassez hídrica é apontada pela Aneel como o principal fator que puxou os reajustes das distribuidoras. O chamado “risco hidrológico” é uma conta que precisa ser paga por todos os agentes do setor, quando há frustração de geração hidrelétrica. Isso leva à necessidade de se utilizar a geração térmica, que é bem mais cara.

A Aneel adotou o regime de bandeira tarifária justamente para tentar controlar esses custos extras. Ocorre que há um passivo em aberto desde o ano passado, que as bandeiras não conseguiram cobrir. A Aneel desenhou um cenário em 95% das situações poderiam ser bancadas com o pagamento das bandeiras, mas o cenário crítico das chuvas superou as piores expectativas, deixando um déficit de arrecadação no setor.

Há três meses, o consumidor brasileiro paga taxa extra pela bandeira vermelha, mas há custos do ano passado que não foram cobertos. No início deste ano, o custo acumulado do risco hidrológico era de R$ 4,5 bilhões. Neste mês, esse déficit é de R$ 2,6 bilhões.

Outro fator que puxou os índices é aumento do custo de aquisição de energia das usinas que operam pelo regime de cota de garantia física de hidrelétricas. Essa cota tinha preço R$ 64,62 o megawatt-hora até julho, mas o preço foi reajustado para R$ 101,18 o megawatt-hora, impactando no caixa das distribuidoras de energia.

Veículo: Estadão

Seção: Economia e Negócios



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