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Dólar recua e Bolsa sobe com melhora no cenário externo

A diminuição da pressão no mercado externo ajuda os ativos no Brasil, com dólar em baixa e nas mínimas chegando no nível de R$ 3,87 e a Bolsa em alta firme, de quase 2,0%. Os ativos são favorecidos pelo retorno do apetite ao risco em meio a uma trégua na tensão comercial movida pelos Estados Unidos no cenário internacional, embora ainda haja apreensão com adoção de tarifas.

A trégua na tensão comercial abriu espaço para um movimento de realização parcial de ganhos do dólar ante o real, após a moeda americana ter se valorizado quase 18% no primeiro semestre do ano. Durante a manhã, depois do dólar à vista ter caído à mínima em R$ 3,8820 (-0,70%), as cotações desaceleraram as perdas. Mas por volta das 12h40, o dólar voltou a perder força e renovou mínima, em R$ 3,8739 (-0,91%). 

O cenário menos belicoso entre gigantes do comércio global China e EUA deu o tom aos mercados de renda variável, inclusive à Bolsa brasileira. O Ibovespa sobe desde a abertura e, perto do meio-dia, marcava máximas acima dos 74 mil pontos. 

A franca valorização tem apoio na influência externa positiva - sobretudo de índices acionários na Europa e Estados Unidos - e num "efeito manada", segundo o analista-chefe da corretora Walpires, Fabrício Stagliano. "O noticiário local não traz nenhum motivo para essa alta do Ibovespa, o que nos leva a concluir que as oscilações fortes que temos visto respeita a regra do 'efeito manada'", afirmou Stagliano. "Quando a Bolsa está em alta, o mercado reage com euforia. Quando está em baixa, responde com pânico", disse o analista. 

A valorização do Ibovespa tem o apoio de todas as blue chips. A Petrobras é destaque de alta nesta terça-feira, mesmo com a virada para o negativo dos preços dos contratos futuros de petróleo em Nova York e Londres. Os grandes bancos também sustentam com força a alta do principal indicador da Bolsa brasileira. A PN do Bradesco exibia a maior alta (+4,52%) às 12h20 entre os grandes do setor financeiro. Nesse horário, o Ibovespa subia 1,96% aos 74.267 pontos. Na máxima, marcara 74.305 pontos (+2,01%). O volume financeiro já negociado estava em R$ 2,93 bilhões. Com isso, a projeção para o dia era de R$ 8,70 bilhões, valor bem inferior à média diária de junho (R$ 13,014 bilhões).

Veículo: Estadão

Seção: Economia e Negócios



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