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Maia chama Guardia de irresponsável e diz que não terá alta de imposto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou de irresponsável o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, por defender aumento de impostos para compensar as concessões do governo aos caminhoneiros, quando o movimento tinha por trás justamente a crítica à alta carga tributária. 

"Não vai ter (aumento de impostos) porque você está numa democracia, e ele [Guardia] não manda no Congresso", disse Maia, que é pré-candidato à Presidência da República. "Enquanto eu for presidente da Câmara, não vamos aprovar aumento de impostos."

Questionado se a reoneração da folha de pagamentos, que a Câmara aprovou na semana passada para compensar a proposta de isenção do PIS/Cofins sobre o diesel até o fim do ano, não era aumento de impostos, Maia disse que os deputados só tiraram da desoneração os setores que não estavam surtindo o efeito esperado, de gerar e manter empregos.

"A desoneração tem sido para as empresas nesses casos, não para os trabalhadores" , afirmou

Para Maia, a saída é buscar fontes de receitas alternativas, como o Fundo Soberano, que o governo está extinguindo por Medida Provisória (MP), e a venda da cessão onerosa da Petrobras no pré-sal, que pode render US$ 40 bilhões, além de usar o excesso de arrecadação deste ano com os royalties do petróleo.

Maia ainda criticou o governo por não enviar nenhum ministro para a comissão geral organizada por ele e pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), na manhã desta terça-feira para debater formas de reduzir o preço dos combustíveis para os consumidores. "É muito fácil ele (Guardia) ficar no gabinete dele e não vir discutir conosco o impacto que isso tem na sociedade. Parece que o governo não está vendo o tamanho do problema", afirmou. 

E ironizou que o governo "deve estar muito forte" para agredir políticos e presidentes de outros Poderes.

Na opinião do presidente da Câmara, há pessoas infiltradas nos movimentos de caminhoneiros para defender a intervenção militar e impedir o fim dos protestos e, por isso, é preciso reafirmar a democracia.

Veículo: Valor Econômico

Seção: Política



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