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Meirelles diz que considera concorrer para presidente, e não vice

 Perguntado sobre a possibilidade de concorrer ao cargo de vice-presidente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, respondeu que a sua consideração sobre concorrer ou não era "sobre a presidência".

O ministro fez a afirmação em entrevista após participar de evento com empresários, em Porto Alegre. Meirelles lembrou que inclusive já foi convidado em outras duas oportunidades a concorrer ao cargo de vice, e nas duas vezes negou a proposta.

Meirelles também foi questionado por qual partido estava mais inclinado a concorrer: PSD sua atual legenda ou MDB. O Ministro reiterou que ainda está em tratativas, mas destacou que o PSD "está com outro projeto e não acredito que terá candidato próprio a presidente. É uma decisão que ainda não está tomada mas eu acho que é um caminho, um caminho respeitável. É uma questão de estrutura do partido, de tamanho, de condições, de momento, etc. O MDB é diferente porque o MDB certamente está num momento em que tem tamanho, tem história, é o grande partido do governo e tem o Presidente da República atual". 

Fontes ligadas ao ministro afirmam que ele já decidiu sair do PSD

O ministro citou ainda na entrevista que o governo trabalha agora na "ponte para o futuro 2", projeto com o qual ele diz ter "grande convergência". 

Lula

Meirelles afirmou que é prematuro falar sobre as consequências de um possível impedimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja condenação foi confirmada nesta tarde pelo TRF-4. 

Após participar de evento com empresários em Porto Alegre, Meirelles foi questionado onde ele gostaria de ver o ex-presidente Lula a partir de 1º de janeiro de 2019, ao que Meirelles respondeu: "Eu espero que ele vai estar com um grupo de amigos celebrando a vitória da democracia brasileira e o fato de que o país continua livre e democrático, as eleições funcionando, etc, apesar de o partido dele ter perdido as eleições". 

Vôo de águia

Durante a palestra aos empresários, Meirelles destacou que o Brasil estava saindo da pior recessão da história. Segundo o Ministro, medidas de ajuste fiscal como o teto dos gastos públicos vão garantir que a economia brasileira "deixe de ter vôo de ganso para ter vôo de águia", referindo-se a um crescimento de longo prazo. Para isso, ele defendeu seguir com as medidas de Temer. 

Marun

Em Brasília, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que Meirelles é "um grande quadro" e que sua filiação enriqueceria o MDB. Marun não confirmou, no entanto, se a decisão final de Meirelles seria a filiação ao partido.

"É um homem que tem disposição para participar das próximas eleições. As tratativas estão evoluindo bem, mas não temos condições de fazer afirmações peremptórias sobre sua decisão final", disse. 

O ministro da Secretaria de Governo disse que, neste momento, o MDB começa a se mobilizar no sentido de participar das discussões em torno de uma candidatura do governo. "O nome do presidente Michel Temer, do ministro Meirelles, talvez outros nomes, entendemos que são adequados e estão sendo avaliados com muito otimismo pelo MDB", afirmou Marun, observando que não participou das conversas entre Temer e Meirelles. "Meirelles é um quadro bemvindo ao MDB", disse. 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Política



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