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Ibovespa tem maior alta global em 2018

Veículo: Estadão 

Seção: Economia e Negócios 

A Bolsa brasileira foi a que mais subiu neste ano entre os principais mercados internacionais, apesar do recente aumento da volatilidade, que fez os índices de ações caírem ao redor do mundo desde o começo de fevereiro. O Brasil e outros emergentes também vêm sofrendo com o aumento do nervosismo dos investidores nas últimas semanas, mas menos que os países desenvolvidos.

O Ibovespa acumulava ganho de 5,9% até o dia 13, superando o desempenho de mercados como China, Índia, Turquia, África do Sul e todos da América Latina, de acordo com dados do The Wall Street Journal, que considera o desempenho das bolsas em moeda local.

Os números com a variação em dólar também mostram o Brasil com valorização acima de outros mercados, segundo levantamento da Economática, que leva em consideração o desempenho dos índices até terça-feira. O Ibovespa acumula alta de 6,72% na moeda americana, bem maior que a da Colômbia (+3,21%), do México (+2,51%) e da Bolsa argentina (-6,58%).

O ganho da Bolsa brasileira na comparação mundial deve se ampliar ainda mais com o desempenho registrado nesta quarta-feira, 14. O principal índice da Bolsa paulista avançou 3,27% e acumulava alta de 9,35% no ano.

O resultado do Ibovespa em 2018 é influenciado, sobretudo, pelos números de janeiro, quando a Bolsa bateu sucessivos recordes puxados pelo apetite de investidores estrangeiros. Em fevereiro, o Ibovespa acumula queda, mas menor que seus pares internacionais.

Boa parte das bolsas mundiais acumula queda no ano e em fevereiro, sobretudo os índices americanos, segundo os números do The Wall Street Journal, por causa da mudança de expectativa dos agentes de mercado sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A avaliação é de que o BC dos EUA pode ter de subir o juro mais rapidamente do que o anteriormente previsto por causa da aceleração da inflação.

Emergentes. Especialistas avaliam que a perspectiva para as economias do Brasil e dos emergentes em 2018 segue favorável. A consultoria Capital Economics destaca que a melhora de indicadores da conta corrente de diversos mercados, sobretudo o Brasil, indica que os emergentes ficaram menos vulneráveis aos choques externos. “Com a exceção da Argentina, as economias da América Latina estão mais bem preparadas agora do que há alguns anos para uma deterioração global do apetite por risco e/ou para aumento dos custos dos empréstimos”, ressalta o economista da consultoria para a região, Edward Glossop.

O déficit da conta corrente do Brasil, que chegou a superar 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, batendo recorde histórico, fechou o ano passado em 0,48%.

O Credit Suisse destaca em relatório esta semana que as bolsas e moedas de países emergentes têm demonstrado força, mesmo com as quedas registradas pelo índice S&P 500 da Bolsa de Nova York durante a última semana. Melhora das contas externas, inflação comportada e expectativa de crescimento do PIB ajudam a manter um cenário positivo para os emergentes, segundo o banco.



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