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BC eleva previsão de alta do PIB 2018 para 2,6%

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Econômia 

O Banco Central elevou nesta quinta-feira (21) a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2018 de 2,2% para 2,6%. Os dados constam do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pela autoridade monetária, e foram revistos “em linha com a retomada gradual da atividade econômica ao longo do ano e com as perspectivas de sua continuidade nos próximos trimestres.” Pela ótica da oferta, o BC destaca a revisão de alta de 1,5% para queda de 0,4% da projeção para a produção agropecuária, recuo consistente com o primeiro prognóstico de safra do IBGE divulgado em novembro. Após a forte contribuição do setor para o PIB de 2017, o recuo já era esperado.

O crescimento da indústria foi revisado de 2,6% para 2,9%, refletindo expansão em todos os seus componentes. Além da indústria de transformação, para a qual a previsão em 2018 é de alta de 3,4%, “a construção civil deverá registrar o primeiro crescimento desde 2013”, ressalta o BC ao prever avanço de 2,5% do setor. Para os serviços, o BC revisou a projeção de 1,9% para 2,4%, refletindo, principalmente, “os desempenhos positivos nas atividades comércio (4,2%), transporte, armazenagem e correios (3,2%) e outros serviços (3,1%), compatíveis com a retomada da indústria e do consumo.” 

Entre os componentes da demanda, a expansão do consumo das famílias está estimada em 3,0%, ante 2,5% na projeção anterior. De acordo com o BC, a revisão considera a evolução favorável da massa salarial ampliada e do crédito à pessoa física, e o aumento do carregamento estatístico de 2017. O BC manteve a projeção para a Formação Bruta de Capital Fixo, medida do que se investe em máquinas, equipamentos e pesquisa, em 3%. “Compatível com a expansão na absorção de bens de capital e com a melhora esperada para o setor de construção civil”, justifica o RTI. 

Também foram mantidas as projeções para expansão das exportações (4%) e importações (6%) influenciadas pela perspectiva favorável de crescimento econômico global, no âmbito das exportações, e pelo fortalecimento da demanda doméstica, no das importações. De acordo com o BC, as contribuições das demandas interna e externa para o crescimento do PIB no ano estão estimadas em 2,8 ponto percentual (p.p.) e queda de 0,2 p.p., respectivamente.



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