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IBGE: Indústria perde espaço na economia em 2015, e serviços avançam

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Brasil 

A indústria perdeu participação, em ritmo acentuado, no valor adicionado bruto (VAB) do país na passagem de 2014 para 2015. Por outro lado, o setor de serviços conquistou espaço no período. É o que mostra a pesquisa Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2015, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor adicionado bruto é a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. É calculado em parceria com órgãos estaduais e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). De acordo com o levantamento, o valor adicionado bruto da indústria apresentou queda nominal de 1,9% em 2015, frente a 2014.

Desta forma, a participação recuou de 23,8% em 2014 para 22,5% em 2015. Essa perda é contínua desde 2010, período em que recuou 4,9 pontos percentuais de participação. Construção e indústrias extrativas tiveram a maior queda de participação no PIB nacional. Por outro lado, as indústrias de transformação e de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação ampliaram espaço. A indústria de transformação cresceu puxada pelo refino, cujo valor adicionado foi beneficiado pela queda do preço no barril de petróleo (insumo da atividade). O município de São Paulo manteve-se como o principal polo industrial do país, com participação de 5,5%.

A segunda posição foi ocupada pelo município do Rio de Janeiro, com 3,3%, seguido por Manaus (1,9%). Segundo o IBGE, a indústria era a atividade presente em menos municípios. Em 2015, 83 municípios respondiam por metade do valor adicionado bruto da indústria e a 33,2% da população. No mesmo ano, 2.771 municípios responderam por apenas 1% do valor adicionado bruto do setor. Serviços Em contrapartida à perda de participação da indústria, a fatia do valor adicionado bruto do setor de serviços seguiu em ascensão ao passar de 71,2% para 72,5%. Os maiores incrementos na participação foram verificados nas atividades administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social; e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. O peso da agropecuária, por sua vez, manteve-se estável de 2014 e 2015, em 5% do valor adicionado bruto do país. Administração pública Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.511 (45,1% do total) tinham mais de um terço do valor adicionado bruto dependente da atividade da administração pública em 2015, de acordo com o IBGE.

A maioria destes estava localizada nas regiões Norte e Nordeste. Os municípios que apresentaram as maiores participações das atividades de administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social no valor adicionado bruto total do município eram Uiramutã (RR), 82%; Rio da Conceição (TO) e Vitória do Jari (AP), ambos com 76,8%; Salgadinho (PB) e Santo Antônio dos Milagres (PI), ambos com 76,4%. Na média nacional, a administração pública respondia por 17,2% do valor adicionado bruto. Das 27 capitais brasileiras, 15 tinham percentual superior à média nacional. Um destaque óbvio é Brasília (DF), onde 44,7% do valor adicionado bruto vem da administração pública. Logo atrás está Boa Vista (RR), com 43%, segundo a pesquisa do IBGE. No outro extremo, destacam-se como menor participação a capital de São Paulo, com apenas 7,7%.



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