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Produção industrial surpreende com alta de julho, diz IBGE

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Economia 

A indústria brasileira iniciou o segundo semestre com uma alta maior do que a prevista pelo mercado. A produção do setor cresceu 0,8% na passagem de junho para julho, pela série com ajustes sazonais, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ocorre após a alta de 0,2% do indicador em junho, frente ao mês anterior — dado foi revisado de estabilidade. A produção industrial já havia crescido 1,2% em abril e 1,2% em maio. São, agora, quatro meses de alta. Nessa base de comparação, pela série dessazonalizada, foi o melhor resultado para o mês de julho desde 2014 (+1,3%). 

O desempenho superou a estimativa média e o teto de previsões de 27 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que previam alta de 0,4% de junho para julho. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,1% a alta de 0,7%. Quando comparada a junho do ano passado, a produção cresceu 2,5%. É o melhor mês de julho desde 2013 (3,4%). A expectativa média das instituições e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de alta de 1,5% nessa comparação. Agora, a produção industrial cresce 0,8% no acumulado deste ano. Nos 12 meses encerrados em julho, a baixa acumulada é de 1,1% — desempenho melhor do que o visto em junho, quando tinha queda anual de 1,9%. Bens duráveis A produção da indústria de bens de consumo duráveis subiu 2,7% em julho, frente a junho, informou o IBGE. Frente ao mesmo mês de 2016, o indicador mostrou avanço de 8,1%. 

No ano, houve crescimento de 9,8% na produção de bens duráveis, com impulso dos segmentos de automóveis e eletrodomésticos. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 3,8%. Em relação aos bens de capital, a pesquisa indicou alta de 1,9% em julho, frente a junho. Quando comparado a julho de 2016, o avanço é de 8,7%. No ano, a produção de bens de capital sobe 3,7%. E, em 12 meses, há alta de 2,8%. Na categoria de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, houve elevação na produção de 2% na comparação a junho deste ano e de 4,2% frente a julho do ano passado, segundo a pesquisa do IBGE. Já os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador registrou alta de 0,9% de junho para julho deste ano. Frente a julho do ano passado, houve alta de 0,6%. No ano, registra estabilidade. Em 12 meses, há redução de 1,7%

Alimentos A produção industrial cresceu em 14 dos 24 ramos acompanhados de junho para julho deste ano, na série com ajuste sazonal, diz o IBGE. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), a principal influência positiva foi registrada por produtos alimentícios (2,2%), em expansão pelo terceiro mês seguido e acumulando ganho de 8,7% nesse período. “Processamento da safra de cana-de açúcar contribuiu positivamente para o resultado do mês do ramo de alimentos. Mas carne bovina também foi uma contribuição importante”, disse o gerente, acrescentando que o resultado influenciou a alta de 0,9% dos bens intermediários. Outras contribuições positivas para o resultado da indústria na margem vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%).

O gerente da Coordenação de Indústria, André Macedo, frisa queda essas três atividades que também contribuíram para as demais apontaram taxas negativas em junho último. Foram, respectivamente, negativos de 2%, 2,5% e 8,5%, respectivamente. Entre os dez ramos que reduziram a produção nesse mês, os piores resultados vieram das indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%) e metalurgia (-2,1%).

 



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