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Venda dos fabricantes de máquinas e equipamentos sobe em julho

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Consumo 

Os fabricantes de máquinas e equipamentos registraram R$ 5,86 bilhões de receita líquida em julho, o que representa um aumento de 1,7% ante o mesmo mês do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (30) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que representa o setor. Apesar disso, a entidade ressalta que segue acumulando uma queda de 5,6% na receita no ano. 

Em comparação com junho, houve uma queda de 1,6% no faturamento da indústria de bens de capital mecânicos. Segundo a Abimaq, isso se deve a um recuo de vendas no mercado externo, que representa 40% da receita da indústria. Além disso, o consumo aparente (que inclui vendas internas e importações e dá a dimensão da demanda doméstica por máquinas) sofreu com uma redução de 19,7% em julho, na comparação anual, ficando em 7,75 bilhões. Já as exportações apresentaram um crescimento de 20,2%, para US$ 726,96 milhões na comparação anual, enquanto as importações caíram 24,9%, para US$ 1,15 bilhão. Com isso, o déficit recuou 54% em julho. O número de pessoas empregadas apresentou uma redução de 5,7% frente a julho de 2016. 

Previsões: A Abimaq projeta para este ano uma queda de 2% a 5% na receita líquida do setor. O segmento acumula queda de 5,6% no faturamento em 2017, até julho. Isso significa que a receita líquida, na média, ainda precisa crescer nos próximos meses para o desempenho da indústria de bens de capital mecânicos ficar dentro do projetado. O presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, diz que não há como falar em retomada do consumo em 2018 diante de um cenário em que o consumo aparente acumula uma retração de 25% no ano, mesmo após três anos seguidos de queda. Como inclui as vendas internas e as importações, afirma, esse é o número que dá a medida do enxugamento do mercado brasileiro e que mostra a perda de competitividade da indústria nacional. “Não se compra mais máquina no Brasil”. 

Além do processo de desindustrialização, diagnóstico recorrente da entidade, Velloso diz que o número reflete a ineficiência da indústria ainda existente. 

Privatizações: Para o presidente-executivo, as privatizações são, em essência, positivas, uma vez que a gestão privada, na avaliação da entidade, é mais eficiente. O diretor de competitividade, Mário Bernardini, porém, destacou que o país vive uma confusão no setor elétrico e que, a discussão que está acontecendo é "precisamos de caixa e vamos vender ativos", como no caso da Eletrobras. No caso da concessão de projetos novos, a entidade admite que, com o esforço de buscar investidor no exterior por parte do governo, há o risco de um financiamento externo vir acompanhado de compra de ativos, como máquinas, lá fora. Ainda assim, Bernardini destaca se tratar de um aumento do estoque de capital produtivo do país.



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