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Comércio fechou 30 mil lojas e cortou 412 mil empregos em 2015

Véiculo: Valor Econômico 

Seção: Macro economia 

Com a crise econômica no país, o comércio - incluindo varejistas, atacadistas e de veículos e peças - fechou quase 30 mil estabelecimentos e cortou 412 mil postos de trabalho em 2015, na comparação ao ano anterior, de acordo com a Pesquisa Anual de Comércio (PAC). Em ambos os casos, são os piores resultados da série histórica da pesquisa, iniciada em 2007. Conforme dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio tinha 1,7 milhão de unidades locais (estabelecimentos) em operação ao fim de 2015, 1,7% a menos que em 2014. Esses estabelecimentos eram mantidos por 1,57 milhão de empresas comerciais — cada empresa pode ter mais de um estabelecimento, como franquias. Esse número de empresas também recuou, em 3%. O pior desempenho foi registrado no ramo de artigos do vestuário e complementos, que fechou 36.659 estabelecimentos naquele ano, o que representa queda de 16% em relação ao ano anterior. Também houve fechamento expressivo em equipamentos e informática e comunicação, com 9.554 unidades a menos, queda de 17%

Demissões Com a crise e o fechamento dos estabelecimentos, as demissões também ocorreram em massa no setor. O comércio empregava 10,27 milhões de pessoas em 2015, queda de 3,9% na comparação ao ano anterior. Todas as atividades do varejo cortaram pessoal: material de construção (-9,4%), eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (-7,5%) e tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados (-4,4%). Com as demissões, a massa salarial real do comércio recuou 1,7% em 2015, apesar do salário médio real ter registrado crescimento de 0,8% frente a 2014. O setor pagou um total de R$ 206,3 milhões em salários, retiradas e outras remunerações. O varejo foi o segmento comercial que empregou mais pessoas em 2015: respondeu por 73,5% da força de trabalho. O varejo foi responsável por 63,3% dos salários, retiradas e outras remunerações, apesar de pagar o menor salário médio (1,7 salários mínimos, contra 2,9 no atacado e 2,4 em veículos automotores, peças e motocicletas). 

Queda de receita Em 2015, quando a economia mergulhou a fundo na crise, a receita operacional líquida do comércio recuou 0,5% na comparação a 2014. Foi o pior resultado apurado na série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2007. Até então, o desempenho mais fraco da receita operacional líquida do comércio brasileiro havia sido registrado em 2009, quando cresceu 4,6% em meio aos efeitos da crise provocada pelo mercado hipotecário de alto risco dos Estados Unidos. Essa baixa só não foi mais intensa porque a queda na receita do comércio varejista (-1,6%) e de veículos e peças (-11%) foi parcialmente compensada pelo crescimento na receita do comércio atacadista (+3,3%) naquele ano. O atacado viu sua receita subir puxada pelas vendas de matérias-primas agrícolas e animais vivos (+17,8%). “Apesar da retração econômica em 2015, o setor agrícola teve resultado positivo. Isso também ajudou o comércio. Foi um ano bom de receita operacional em setores como café e grão, soja e animais vivos”, disse Danielle de Oliveira, gerente da PAC, frisando que a variação de 0,5% da receita apontaria estatisticamente uma estabilidade do indicador. A PAC é a segunda das três pesquisas estruturais referentes a 2015 que o IBGE divulga neste ano. Além do comércio, o instituto já divulgou a Pesquisa Industrial Anual (PIA) em junho e vai publicar a Pesquisa Anual de Serviços em setembro. São estatísticas relevantes para se compreender o funcionamento do mercado e fornecer informações para as Contas Nacionais do IBGE.

Queda de receita Em 2015, quando a economia mergulhou a fundo na crise, a receita operacional líquida do comércio recuou 0,5% na comparação a 2014. Foi o pior resultado apurado na série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2007. Até então, o desempenho mais fraco da receita operacional líquida do comércio brasileiro havia sido registrado em 2009, quando cresceu 4,6% em meio aos efeitos da crise provocada pelo mercado hipotecário de alto risco dos Estados Unidos. Essa baixa só não foi mais intensa porque a queda na receita do comércio varejista (-1,6%) e de veículos e peças (-11%) foi parcialmente compensada pelo crescimento na receita do comércio atacadista (+3,3%) naquele ano. O atacado viu sua receita subir puxada pelas vendas de matérias-primas agrícolas e animais vivos (+17,8%). “Apesar da retração econômica em 2015, o setor agrícola teve resultado positivo. Isso também ajudou o comércio. Foi um ano bom de receita operacional em setores como café e grão, soja e animais vivos”, disse Danielle de Oliveira, gerente da PAC, frisando que a variação de 0,5% da receita apontaria estatisticamente uma estabilidade do indicador. A PAC é a segunda das três pesquisas estruturais referentes a 2015 que o IBGE divulga neste ano. Além do comércio, o instituto já divulgou a Pesquisa Industrial Anual (PIA) em junho e vai publicar a Pesquisa Anual de Serviços em setembro. São estatísticas relevantes para se compreender o funcionamento do mercado e fornecer informações para as Contas Nacionais do IBGE.

 



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