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EUA desistem de adotar taxa de fronteira sobre importados
Veículo: Valor
Seção: Internacional
O Partido Republicano enterrou ontem a polêmica proposta de criar um imposto de ajuste de fronteira (BAT, na sigla em inglês), confirmando que isso não estará no projeto de reforma do sistema tributário dos EUA. Trata-se de uma vitória das redes varejistas americanas, que fizeram lobby agressivo contra o plano. A taxa encareceria produtos importados. O imposto de ajuste de fronteira visava desestimular as companhias americanas a produzir bens no exterior e importá-las para venda nos EUA.
Devido às incógnitas associadas ao BAT, o partido "decidiu deixar essa política de lado com objetivo de avançar na reforma tributária", diz o comunicado assinado por Paul Ryan (presidente da Câmara), Kevin Brady (presidente da Comissão de Finanças Públicas da Câmara), Gary Cohn (conselheiro econômico da Casa Branca), Steven Mnuchin (secretário do Tesouro), Mitch McConnell (líder da maioria republicana no Senado) e Orrin Hatch (presidente da Comissão de Finanças do Senado). "Estamos confiantes de que, sem a transição para um novo sistema tributário baseado no consumo doméstico, existe uma abordagem viável para assegurar condições equitativas entre empresas e trabalhadores americanos e estrangeiros, ao mesmo tempo protegendo os empregos e a base tributária dos EUA", diz a nota.
O fim do BAT pode facilitar a aprovação da reforma tributária, mas também cria um problema aos republicanos: como equilibrar os cortes de impostos desejados sem uma nova fonte de receita. O BAT, conforme o plano de Ryan, arrecadaria mais de US$ 1 trilhão em uma década, segundo projeções.
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