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Mercado projeta inflação maior em 2017 e mantém expectativa para PIB

Veículo: Valor 

Seção: Brasil 

 O anúncio do aumento do PIS-Cofins sobre os combustíveis, realizado na semana passada, interrompeu uma sequência de sete semanas de queda nas expectativas para a inflação deste ano. O relatório Focus, do Banco Central (BC), informa que a mediana das estimativas dos participantes do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,29% para 3,33%. A projeção em 12 meses aumentou de 4,37% para 4,40%. A expectativa para a inflação em 2018 foi mantida em 4,20%. Entre os analistas Top 5 de médio prazo, a projeção para o IPCA deste ano saiu de 3,08% para 3,10%, enquanto a de 2018 permaneceu em 4,19%. 

Na quinta-feira passada, o governou elevou o PIS-Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. A elevação de R$ 0,41 na alíquota que incide sobre a gasolina, que tem o maior impacto entre os três combustíveis, deve aumentar o preço do combustível na bomba em 16,6%, com um impacto diluído entre o IPCA de julho e agosto em 0,63 ponto percentual, segundo analistas. No Focus, a expectativa do mercado para a inflação em julho foi na direção contrária e passou de 0,17% para 0,15%, enquanto a previsão para o avanço do IPCA em agosto foi de 0,23% para 0,25%. Também na quinta-feira, o IBGE informou que o IPCA-15 de julho caiu 0,18%, bem mais que o esperado, anotando a taxa mais baixa para o mês desde 1998. 

A despeito do esperado impacto do aumento dos combustíveis na inflação, mercado em geral e Top 5 não mexeram nas apostas para a Selic. O mercado vê o juro básico encerrando neste ano em 8%, mesma taxa esperada para o próximo calendário, dos atuais 10,25% ao ano. No caso do Top 5 de médio prazo, a previsão é de Selic a 7,75% em 2017 e a 7,50% em 2018, em vez de 7,75%. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para discutir o juro. A expectativa é que a taxa seja reduzida em 1 ponto percentual, para 9,25% ao ano. Desta forma, a taxa básica de juro voltaria a um dígito pela primeira vez desde outubro de 2013. 

Atividade

Os analistas do mercado financeiro não alteraram as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 (0,34%) e 2018 (2%), mas reduziram as expectativas para a produção industrial. A previsão agora é que o setor tenha crescimento de 0,83% neste ano, ante 0,97% previsto antes, e de 2,26% em 2018, em vez de 2,30%



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