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País criou 67,3 mil vagas no 1º semestre

Veículo: Valor

Seção: Brasil

O Brasil abriu 9.821 empregos com carteira assinada em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O saldo é resultado de 1.181.930 admissões e 1.172.109 desligamentos no mês. O resultado representou uma melhora em relação junho do ano passado, quando foram fechadas 91.032 vagas formais e foi o terceiro mês positivo consecutivo. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o saldo é positivo em 67.358 postos de trabalho formais, o melhor para um primeiro semestre desde 2014. O número foi puxado pelo setor de Agricultura (117 mil vagas), mas também tiveram saldo positivo os serviços (60,7 mil), indústria (27,7 mil) e administração pública (18,3 mil) mil. Construção e comércio tiveram saldos negativos (- 33,1 mil e - 123,2 mil, respectivamente). No acumulado em 12 meses, no entanto, o Caged apresentou uma redução de 749.060 vagas. No mês passado, no entanto, apenas dois setores econômicos mostraram resultado positivo. A agropecuária abriu 36.827 vagas e a administração pública registrou saldo de 704 postos de trabalho.

Os demais segmentos apresentaram queda. A construção civil fechou 8.963 postos de trabalho; seguido da indústria de transformação (7.887); serviços (7.273) e comércio (2.747). O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira disse, ao divulgar os dados de junho, que a economia dá sinais de recuperação. Na avaliação do ministro, é melhor que essa "recuperação seja gradual e em patamares menores do que termos uma bolha e depois novamente [redução]". Ele acredita que a economia se reestabelece de forma segura e estima que, no fechamento de 2017, o saldo do mercado de trabalho será positivo. Nogueira afirmou ainda que, com a reforma trabalhista, serão criados 2 milhões de postos de trabalho formais nos próximos dois anos. Segundo ele, a estimativa é de que essas vagas sejam abertas sobretudo nas modalidades de trabalho de jornada parcial, trabalho intermitente e no chamado home office. "Com a modalidade dos novos contratos de trabalho que a modernização da legislação trabalhista possibilita, a expectativa é de gerar no Brasil 2 milhões de postos de trabalho nos próximos dois anos", disse ministro. "Nas demais [modalidades], há expectativa de geração positiva gradual de emprego", disse. Ele informou que as novas estatísticas das modalidades criadas por meio da reforma trabalhista estarão inseridas em até 90 dias no Caged. De acordo com Nogueira, mesmo nas áreas em que o desempenho foi negativo, os números não tiveram expressão de trazer pânico, a não ser na construção, que está demorando a se recuperar, afirmou. Ainda segundo o ministro, os números do Caged, o salário médio de admissão cresceu, em termos reais, 3,52% no primeiro semestre de 2017 na comparação com o mesmo período de 2016.

O valor passou de R$ 1.413,84 para R$ 1.463,67 no período. Em termos proporcionais, o valor cresceu mais para as mulheres, mas ainda ficou abaixo do salário recebido pelos homens, na média. A elevação do salário de admissão das trabalhadoras foi de 4,25%, em termos reais. No caso dos homens, houve um aumento de 3,20%. Em relação à reforma trabalhista, Nogueira avaliou que a expectativa de negociação com o movimento sindical é positiva. Ele afirmou que o governo, na publicação da medida provisória da reforma, após o fim do recesso do Congresso Nacional, respeitará a decisão do Legislativo de acabar com o imposto sindical. O imposto sindical não existe mais. Não haverá fim progressivo. A Câmara não será afrontada nesse sentido", assegurou. "O que estamos construindo é uma alternativa, por meio de contribuição, para financiar as próprias convenções coletivas. Se queremos dar força de lei para as convenções coletivas, precisamos dar legitimidade para as instituições que a representam", afirmou. "Acredito que logo depois do recesso isto estará pacificado", disse. 

 

 

 



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