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Mais da metade dos consumidores vai diminuir gastos este mês

Pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) informa que 57% dos consumidores pretendem reduzir gastos em julho. Os motivos são redução da renda, endividamento e desemprego.

De acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, apenas 16% estão com as contas no azul, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimentos. A maior parte (42%) está sem sobra nem falta de dinheiro, enquanto 34% estão no vermelho e não conseguem pagar todas as contas com a renda que possuem.

Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo do mês de julho são em sua maioria remédios (23%), roupas, calçados e acessórios (20%), recarga para celular pré-pago (15%) e perfumes e cosméticos (11%).

Ainda assim, a maioria (57%) dos consumidores ouvidos pretende cortar gastos no mês de julho

. A redução da renda, o desemprego ou o endividamento foram as razões apontadas por 37% dos que vão reduzir o consumo. Esses entrevistados destacam, também, o fato de estarem sempre tentando economizar (25%), além da percepção de que os preços estão elevados (24%) e da intenção de fazer uma reserva financeira (8%).

Apenas 4,8% dos entrevistados pretendem diminuir os gastos para poder viajar, mesmo sendo julho um mês de férias escolares.

Crédito negado Na mesma pesquisa, o Indicador de Uso do Crédito revelou que 25% dos consumidores tiveram crédito negado em maio ao tentarem fazer uma compra a prazo ou contratarem algum tipo de empréstimo ou financiamento.

A principal razão para a negativa foi o fato de estarem com o nome inserido em cadastros de inadimplentes ou a falta de comprovação de renda.

Dado que reforça o comportamento mais restritivo por parte dos credores é que 46% consideram ‘difícil ou muito difícil’ contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Apenas 13% dos consumidores avaliam o processo como fácil.

De forma geral, quase seis em cada dez (58%) consumidores não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de maio, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (42%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 7% da amostra. Há ainda, 5% de consumidores que recorreram à empréstimos e 4% que buscaram financiamentos.

Assim, em maio, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a propensão ao consumo, marcou 27,5 pontos, estável em relação aos 27,6 pontos observados em abril. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a disposição do consumidor e tomar crédito. A pesquisa foi realizada em abril e abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais.

A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.



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