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Vendas no varejo caem 1,9% e registram pior março em 14 anos

Veículo: Valor 

Seção: Brasil 

O volume de vendas no varejo caiu 1,9% de fevereiro para março, já descontados os efeitos sazonais, mostrou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior resultado para o mês desde março de 2003, quando caiu 2,5%. É também o segundo pior resultado da série, iniciada em 2000. O dado de fevereiro foi revisado de queda de 0,2% para recuo de 1,6%, assim como o do primeiro mês do ano, de alta de 5,5% para 6%. 

Ante março de 2016, o varejo diminuiu 4%. No ano, acumulou queda de 3%; nos 12 meses encerrados em março, teve baixa de 5,3%. O resultado de março veio pior que a média estimada pelo Valor Data, apurada junto a 22 economistas e instituições financeiras, de queda de 0,7%. O intervalo das estimativas ia de baixa de 3,1% até alta de 0,4%. 

O resultado do terceiro mês deste ano foi puxado pela forte queda nas vendas em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, de 6,2% ante fevereiro. Foi o pior resultado de toda série histórica da PMC, iniciada em 2001. Segundo a analista do IBGE Juliana Vasconcelos, o mercado de trabalho ruim foi o principal motivo para a queda nas vendas do comércio. Outras atividades com taxas negativas no varejo foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, ambas com decréscimo de 0,5%; e Tecidos, vestuário e calçados (­1%). 

Por outro lado, no mesmo confronto, os segmentos que mostraram avanço foram Móveis e eletrodomésticos (6,1%); Livros, jornais, revistas e papelarias (5,6%); Combustíveis e lubrificantes (1,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,9%). O IBGE também informou que a receita nominal do varejo caiu 1,9% em março, na comparação com fevereiro, feito o ajuste sazonal. Perante março de 2016, a receita nominal do varejo teve queda de 2%. No primeiro trimestre de 2017, a receita avançou 0,5% sobre o mesmo período do ano passado e, em 12 meses, subiu 3,5%. 

No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 2% na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais. Foi o pior resultado desde março de 2003, início dessa série, quando houve queda de 2,1%. Os analistas esperavam alta de 0,1%. Em relação a março de 2016, o volume de vendas do varejo ampliado diminuiu 2,7%. No ano até março, as vendas declinaram 2,5% e, em 12 meses, cederam 7,1%. 

O IBGE apontou ainda que a receita nominal do varejo ampliado caiu 2,3% de fevereiro para março e teve baixa de 1,2% no confronto com o terceiro mês de 2016. No ano, a receita do varejo ampliado cedeu 0,1% sobre o mesmo período do ano passado. Em 12 meses, declinou 0,5%. 



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