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Dólar bate R$ 3,18 diante de ajustes ao Fed e queda das commodities
Veículo: Valor
Seção: Finanças
O dólar opera em alta no início dos negócios desta quintafeira. O avanço no Brasil espelha o movimento nos mercados emergentes em meio à expectativa reforçada de aperto monetário em junho nos Estados Unidos. A probabilidade de uma elevação de juros já na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) aumenta após a instituição sinalizar uma perspectiva positiva sobre a economia local. Em sua decisão de política monetária, o banco central americano avaliou como transitório o fraco crescimento econômico no primeiro trimestre e destacou o fortalecimento do mercado de trabalho.
Por volta das 9h40, o dólar comercial subia 0,57%, a R$ R$ 3,1774, após avançar até a máxima de R$ 3,1894. O contrato futuro para junho, por sua vez, ganhava 0,56%, a R$ 3,2050, tendo subido a R$ 3,2120 mais cedo.
Os emergentes têm na sessão desta quintafeira o pior desempenho numa lista de 33 divisas globais. Além do avanço ante o real, o dólar sobe na comparação com peso mexicano, rublo russo, rand sulafricano e lira turca. As cotações são afetadas ainda pela queda das commodities. No caso brasileiro, os investidores avaliam ainda a aprovação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. Embora esperada, operadores apontam que a aprovação do textobase traz alguma resiliência aos ativos nacionais.
Agora, será necessário o aval de 308 dos 512 deputados no plenário da Câmara para avançar com a proposta da Previdência. Nesta conta, é excluído o presidente da Casa, que não vota. Ainda levará mais duas ou três semanas para que a proposta seja votada, mantendo, assim, a apreensão nos mercados. Na renda fixa, o DI janeiro de 2018 avançava a 9,440%, ante 9,410% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2019 marcava 9,350%, ante 9,310% na mesma base de comparação, após iniciarem os negócios bem próximos da estabilidade. Já o DI janeiro de 2021 operava a 10,010%, ante 9,960%.
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