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IGP-M cai 1,10% em abril, menor taxa desde junho de 1989

Veículo: Valor 

Seção: Brasil 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP­M) registrou deflação de 1,10% em abril, após alta de 0,01% em março. É a menor taxa para qualquer mês desde o início da série do índice, em junho de 1989, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril de 2016, o IGP­M tinha avançado 0,33%. A queda de abril foi maior que a de 1% esperada por economistas consultados pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de baixa de 1,19% a recuo de 0,85%. Com o resultado de abril, o IGP­M acumula queda de 0,36% no ano e elevação de 3,37% em 12 meses. 

Todos os subindicadores do IGP­M desaceleraram, com destaque para o atacado, em que a queda dos preços do minério de ferro, da soja e de bens intermediários para a indústria aprofundou a deflação do setor. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cedeu 1,77% em abril, após decréscimo de 0,17% em março. Os produtos agropecuários saíram de queda de 0,99% para recuo de 4,30%, enquanto os produtos industriais foram de alta de 0,13% para decréscimo de 0,85%. 

No estágio inicial da produção, o índice das matérias­primas registrou queda de 5,22%, após ceder 0,05% em março. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram minério de ferro (5,95% para ­5,24%), soja em grão (­4,99% para ­9,38%) e milho (­5,06% para ­14,52%). O índice dos bens intermediários declinou 0,77% em abril, seguindo queda de 0,39% um mês antes. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de avanço de 0,15% para baixa de 0,79%. Já os bens finais subiram 0,36%, após queda de 0,08% no mês anterior, influenciados por combustíveis para o consumo (de ­4,43% para 0,15%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 0,33% em abril, depois de marcar aumento de 0,38% no terceiro mês de 2017. Metade de suas oito classes de despesa registraram taxas menores. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (0,84% para 0,02%), influenciado pela tarifa de eletricidade residencial (de 4,14% para ­1,73%). Foram para o campo negativo Transportes (0,15% para ­0,25%) e Vestuário (0,22% para ­0,65%). Por sua vez, subiram menos Despesas Diversas (0,76% para 0,37%). Houve uma aceleração no ritmo de alta em Alimentação (0,40% para 0,90%)e Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 1,07%). Mudaram de direção Comunicação (­0,69% para 0,21%) e Educação, Leitura e Recreação (­0,29% para 0,16%). Nestas classes de despesa, destacaram­se: hortaliças e legumes (2,93% para 14,86%), medicamentos em geral (0,13% para 1,43%), tarifa de telefone residencial (­2,70% para ­1,05%) e passagem aérea (­15,54% para 4,31%), respectivamente. 



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