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Crise não afeta investimento das empresas em tecnologia, diz FGV

Veículo: Valor 

Seção: Empresas 

Mesmo com a recessão enfrentada pelo Brasil em 2016, os gastos e investimentos em tecnologia das empresas se mantiveram estáveis como proporção da receita, em 7,6%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com Fernando Meirelles, professor da instituição e responsável pela pesquisa, o resultado é espantoso. “Esse número eu chequei 32 vezes. Eu achava que o gasto iria cair pela primeira vez em 30 anos”, disse o especialista, durante evento nesta quarta­feira (19) em São Paulo. “É impressionante como o processo de informatização obriga as empresas a gastarem um certo montante. Até tem como gastar menos em TI passando as atividades para o manual. Mas vai acabar gastar em outra área”, brincou o professor. 

Meirelles destacou que, por conta da desaceleração da economia, os valores absolutos gastos pelas empresas certamente apresentaram um recuo em 2016. Na divisão entre serviços, indústria e comércio, o segmento que mais investe em TI no Brasil é o primeiro, com 11%. O número do setor é mais alto por conta dos bancos. Na indústria, a média de investimentos e gastos é de 4,5%, enquanto no comércio o valor fica em 3,5%. “O supermercados brasileiros estão muito atrasados em investimento”, disse.

Em 2016, o custo anual por usuário, ou o quanto as empresas gastam de tecnologia dividido pelo número de funcionários que usam tecnologia, ficou em R$ 39,6 mil, um pouco abaixo do número registrado em 2015. De acordo com Meirelles, isso foi um efeito da inflação. Em dólares, o valor ficou estável. O setor financeiro lidera a lista, com R$ 86 mil. Na área de comunicações, o valor fica em R$ 64 mil. O segmento de ensino é o que menos investe, com R$ 18 mil.



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