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Emprego formal cresce após quase 2 anos

Veículo: Valor Econômico
Seção: Brasil

Na semana em que seis de seus ministros foram citados na lista do procurador­geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer veio a público para capitalizar a criação 35.612 empregos com carteira assinada no Brasil em fevereiro. Essa foi a primeira vez que o presidente Michel Temer apresentou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na esteira de sua estratégia de estabelecer uma agenda positiva, o governo antecipou a divulgação para mostrar que foi interrompida uma sequência de 22 meses de dados negativos. Geralmente, os números do Caged são publicados na internet pelo Ministério do Trabalho a partir do dia 20 de cada mês.

Em uma cerimônia extraordinária com a presença do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e de técnicos do governo, Temer destacou outros indicadores positivos da economia. "Vocês sabem que a economia brasileira volta a crescer. Cada dia os sinais estão mais claros. Em fevereiro, por exemplo, o número de empregos formais foi de 35.612 vagas. Na verdade, esse é um começo, depois de 22 meses de números negativos", disse Temer. O saldo de vagas em fevereiro resultou de 1.250.831 contratações e 1.215.219 demissões no mês. Com isso, o estoque de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38.315.069 em fevereiro. O setor de serviços e a indústria de transformação puxaram a geração de empregos com carteira assinada, com abertura de 50.613 e 3.949 postos e trabalho, respectivamente, no mês.

Por outro lado, o setor do comércio fechou 21.194 vagas, seguido pela construção civil que perdeu 12.857 postos de trabalho e o setor de extrativa mineral 488. Em janeiro deste ano, 40.864 vagas de trabalho foram fechadas no Brasil. Em fevereiro de 2016, o país perdeu 18.776 vagas de emprego. De fevereiro de 2015 a janeiro de 2017, foram perdidos 2,8 milhões de empregos no país. O ministro do Trabalho comemorou a criação de vagas, considerou que há uma "inversão da curva" nos dados de emprego e disse que, "se Deus quiser, mês a mês, portas e portas de empregos serão abertas" para os 13 milhões de brasileiros ainda desempregados. Para o ministro, os números devem melhorar nos próximos meses. 

Nogueira não quis comentar se a divulgação dos dados no Palácio do Planalto tinha como objetivo criar uma agenda positiva. "Tivemos 22 meses de dados negativos. O governo toma medidas que começam a surtir efeito e veja que, ainda nos dados de fevereiro, não tivemos investimentos que deverão ocorrer por conta da liberação das contas inativas do FGTS, o que deverá afetar positivamente principalmente o setor do varejo", disse o ministro. Segundo ele, os números de fevereiro poderiam ter sido melhores se não fossem os dados do comércio. O presidente Temer afirmou ter absoluta convicção na retomada do emprego e destacou outros dados favoráveis da economia. "A inflação caiu substancialmente. Posso garantir que, neste ano, pelas informações que eu tenho da equipe econômica, ela fechará abaixo do centro da meta. Os juros igualmente caindo. Quero registrar que ainda não tivemos em fevereiro o produto da aplicação dos valores que foram retirados das contas inativas do FGTS." 

Temer comentou ainda a decisão da agência de classificação de risco Moody's de elevar a perspectiva do rating do Brasil de negativa para estável. Ele lembrou que risco­país caiu 570 pontos para menos de 300 pontos nos últimos meses. "Ao longo do tempo, é provável que se atinja uma pontuação que nos faça resgatar o grau de investimento. É uma queda substancial em pouquíssimo tempo", avaliou. Temer comemorou também o resultado dos leilões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Salvador e destacou o apoio que o Congresso tem demonstrado para a aprovação da agenda reformista. "Estamos num clima de estabilidade política e social. Essas notícias que eu queria dizer pessoalmente que são noticias que incentivam o governo e a economia brasileira", disse. 



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