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Consumidor ainda não sente juro menor

Veícu: Folha de São Paulo 

Seção: Mercado 

Quatro meses depois que o Banco Central começou a reduzir a taxa básica de juros da economia, os maiores bancos do país ainda não repassaram para os consumidores o custo menor do dinheiro.

Nesta quarta-feira (22), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou novo corte na taxa Selic, reduzindo-a para 12,25% ao ano —mesmo patamar em que estava no início de 2015.

Mas os reflexos desse movimento ainda não foram sentidos pelos consumidores na contratação de novos empréstimos, embora os bancos tenham anunciado em janeiro e novamente nesta quarta que repassariam o juro menor.

ALTA

Dados do Banco Central mostram que, na média, os juros continuam subindo quando comparados com outubro, quando se iniciou o atual ciclo de corte de juros.

O motivo é o aumento do risco de calotes, com o desemprego em alta e sinais de que a recuperação da economia será lenta e pouco vigorosa.

"O custo de captação [dos bancos] cai, mas o repasse não é feito imediato, porque os bancos buscam otimizar sua margem de lucro", diz João Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho.

Os bancos ganham com o spread, que é a diferença entre o que pagam para captar dinheiro e o que cobram para emprestar aos clientes.

No último ano, os bancos separaram fatia maior de suas receitas para se proteger contra calotes. Isso aumentou os seus custos, o que contribuiu para impedir a redução das taxas que cobram.

 



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