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Goldman Sachs rechaça barreira a entrada de imigrantes de Trump

Veículo: Folha de São Paulo
Seção: Mercado

O presidente do grupo Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, foi o primeiro líder de um grande banco a falar publicamente sobre a ordem do presidente Donald Trump de impedir a entrada de pessoas de diversos países de maioria muçulmana nos Estados Unidos.

Em um correio de voz enviado para os empregados da empresa no domingo (29), Blankfein afirmou que o banco não endossa esse tipo de política.

"Essa não é uma política que nós apoiamos, e eu destaco que ela já foi contestada na Justiça", disse.

Ele também afirmou que o banco vai trabalhar para minimizar os potenciais problemas que a decisão de Trump pode causar para funcionários do Goldman Sachs e seus familiares, segundo a Reuters.

A maior parte dos líderes corporativos ficou em silêncio diante das medidas de Trump no campo da migração, temendo a reação da Casa Branca.

Enquanto as gigantes do Vale do Silício Apple, Google e Facebook enviaram e-mails para seus funcionários para denunciar a medida de Trump, muitas outras empresas em outros setores ou declinaram comentar, ou responderam por meio de comunicados oficiais reiterando seu compromisso com a diversidade.

O comitê operacional do banco JPMorgan –que inclui o presidente da empresa, Jamie Dimon– evitou denunciar a política. Em uma nota enviada aos funcionários durante o fim de semana, a companhia disse que estava buscando todos os empregados potencialmente afetados pela medida e observou que o país estava "fortalecido pela rica diversidade do mundo ao nosso redor".

Outros bancos, como o Morgan Stanley e o Wells Fargo, afirmaram que eles estavam revisando a medida e suas implicações sobre os funcionários.

O mercado de fundos de investimento de alto risco também ficou em silêncio em relação às restrições a imigrantes. Representantes de grandes empresas, incluindo a Bridgewater Associates, Renaissance Technologies, Millennium Management e Two Sigma Investments, não responderam pedidos para comentar feitos durante o fim de semana.

A decisão de Trump de selecionar atuais e ex-executivos do Goldman para altos cargos na administração colocou o banco de volta no centro das atenções. Desde a crise financeira de 2008, o Goldman Sachs trabalhou para melhorar sua imagem diante de pessoas comuns ao focar em suas iniciativas filantrópicas e de promoção de diversidade, assim como seu papel na criação de empregos.

O ex-presidente do banco, Gary Cohn, deixou a empresa em dezembro para tornar-se o chefe do Conselho Nacional de Economia da Casa Branca. Outros ex-executivos que integram o governo Trump são o nomeado para Secretaria do Tesouro, Steven Mnuchin, e o conselheiro da Casa Branca Steve Bannon. 



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