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Presidente do Banco Central nega aumento de intervenção no câmbio
Veículo: Folha de São Paulo
Seção: Colunistas
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, disse nesta quarta-feira (18) à coluna que não houve um aumento de intervenção no câmbio nesta semana, como comentaram analistas.
Ilan minimizou a decisão do BC de iniciar na terça (17) a rolagem do lote de US$ 6,431 bilhões em contratos de swap cambial tradicional (que equivale a uma venda de dólar no mercado futuro).
"O Banco Central apenas resolveu manter os swaps em US$ 26 bilhões, um volume que foi de cerca de US$ 110 bilhões ", disse. Quando Ilan assumiu, em 9 de junho de 2016, estava em US$ 62 bilhões.
A decisão surpreendeu o mercado porque, desde meados de dezembro, o BC não intervinha no câmbio.
À pergunta sobre a decisão de parar de reduzir os swaps ter sido tomada com o objetivo de se precaver contra uma alta da volatilidade, Ilan respondeu apenas: "Podemos voltar a reduzir daqui a duas semanas, um mês, dois, ou mais. Ou não [diminuir]".
O presidente do Banco Central apontou o comportamento da inflação como o principal vetor considerado na redução de juros.
"A decisão de cortar 0,75 ponto na Selic se baseou na queda da inflação", afirmou.
"Em agosto, com a inflação alta, chegou-se a questionar se não havia inércia que a impedia de cair. Quando começou a recuar, passaram a replicar por que o BC não cortou a taxa antes...", disse ao ser indagado sobre a pressão para que a autoridade monetária acelerasse o ritmo do corte da taxa de juros por causa do baixo nível de atividade. "Como presidente, não comento."
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