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Consumo e investimento tornam recuperação lenta

Veículo: Valor Economico 

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As estimativas para o desempenho da economia brasileira em 2017 continuam piorando, refletindo avaliação dominante de que a recuperação da atividade será lenta. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central mostrou, pela nona semana consecutiva, queda nas projeções de crescimento — de 0,7% para 0,58%. Isso ocorreu a despeito de o BC ter indicado de que vai acelerar o ritmo de corte da taxa básica de juros a partir de janeiro.

O pessimismo quanto à retomada se deve especialmente à percepção de que o endividamento das empresas e das famílias segue afetando as perspectivas para investimento e consumo. Há quem acredite em variação zero ou mesmo em nova contração do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, ainda que pequena, opinião que coincide com a 0,58 de integrantes da equipe econômica. Para este ano, os economistas ouvidos pelo BC esperam retração de 3,48%.

O tombo da economia no terceiro trimestre e os indicadores ruins referentes a outubro e novembro têm feito os analistas continuarem a cortar as projeções para 2017, segundo o economista-chefe do Rabobank, Maurício Oreng. “Os números de 2016 indicam que a dificuldade para a recuperação é maior do que se pensava”, diz ele, que projeta expansão do PIB de apenas 0,2% no próximo ano.

As perspectivas para o mercado de trabalho continuam se deteriorando, fazendo muitos analistas acreditarem que a taxa de desemprego em 2017 será mais alta do que se esperava há alguns meses. As projeções apontam para desocupação média em torno de 13%, acima dos 11,5% previstos para a média deste ano.

O pessimismo se deve justamente à expectativa de recuperação mais lenta da economia e ao comportamento do emprego. Nos três meses encerrados em outubro, o desemprego ficou em 11,8%, o equivalente a mais de 12 milhões de pessoas. A consultoria Tendências elevou a projeção da taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, de 12,7% para 13,1% em 2017.



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