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Gasolina sobe 8,1% em média a partir de hoje

Veículo: Valor Econômico

A Petrobras informou ontem, em comunicado ao mercado, aumentos nos preços dos combustíveis. A petroleira anunciou elevação no preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%, em média, com vigência a partir de hoje.

No informe, a empresa lembrou que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. Assim, na prática, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, ressaltou a companhia no comunicado. A petroleira considera que isto dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.

Cálculos da Petrobras apontam que, se o ajuste anunciado ontem for integralmente repassado, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel poderia subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4% ou R$ 0,12 por litro.

A companhia informou que a decisão é coerente com a política de preços anunciada pela companhia em outubro. Segundo a empresa, as principais variáveis que explicam a decisão são aumento observado nos preços do petróleo e derivados, e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação, de acordo com avaliação da petroleira.

A companhia reafirma, em sua decisão, a sua política de revisão de preços “pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente”.

Até o aumento anunciado ontem, a nova diretoria da Petrobras alterou o valor do combustível duas vezes — ambas para baixo. Em 8 de novembro, quando reduziu o preço em refinaria do diesel em 10,4% e da gasolina em 3,1%, o petróleo do tipo Brent valia US$ 47 e o dólar, R$ 3,20. Em 14 de outubro, quando cortou o diesel em 2,7% e a gasolina em 3,2%, o Brent encontrava-se em US$ 53 e o dólar em R$ 3,18.

Considerado a referência mundial, ontem o petróleo tipo Brent atingiu seu maior valor em 16 meses. O barril para entrega em março subiu 0,82% em Londres, cotado a US$ 55,59 (ver reportagem na página B4). Já o dólar fechou o dia a R$ 3,43.

Com o acordo da Organização dos Países Exportadores e Petróleo (Opep) para cortar produção e ajudar estancar queda dos preços da commodity, tanto gasolina quanto diesel nacionais já estavam em considerável defasagem sobre o valor praticado lá fo- ra. Assim, o mercado já antecipava possível ajuste no preço de combustível da petroleira.

Na semana passada, analistas apostavam que movimentos de câmbio e petróleo dariam à estatal fôlego para reajuste que poderia oscilar entre 3,5% a 17%. No caso da gasolina, o aumento poderia ir de 4% a 17%. Para o diesel a alta seria de 3,5% a 16%. O consenso do mercado era de que, se quisesse mostrar aos investidores que de fato sua política de preços mudou, a companhia teria de praticar o reajuste em breve, o que acabou acontecendo.



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