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Oferta menor ajuda a sustentar preços do algodão

Veículo: Revista Globo Rural

Sessão: Notícias

A baixa oferta de algodão considerado de melhor qualidade vem sustentando os preços da pluma no mercado brasileiro. Quem tem o produto para vender planeja ofertar no mercado disponível só depois do cumprimento dos contratos atuais. É o que informa nesta quarta-feira (26/10) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Se não há um movimento agudo de alta, o preço também não aponta tendência de queda de acordo com a instituição. O indicador para pagamento em oito dias acumula neste mês uma leve elevação de 0,12%. Na terça-feira (25/10), a referência com base no Estado de São Paulo fechou a R$ 2,5274 por libra-peso, com leves variações ao longo da semana.

“A baixa disponibilidade da pluma e as oscilações dos valores internacionais, por sua vez, afastam muitos vendedores de negociações. Do lado do comprador, muitos têm sido flexíveis quanto à qualidade e aos valores pagos, devido à necessidade de aquisição”, diz o Cepea, em nota.

Em boletim semanal, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) avalia que, no Estado, a demanda pela pluma da safra 2015/2016 está retraída. Os técnicos atribuem esse movimento a fatores como a queda da produção e o cenário político e econômico, com impacto sobre a indústria têxtil.

Mesmo assim, na semana passada, o preço médio do algodão em Mato Grosso teve leve alta de 0,3%, cotado a R$ 78,30 a arroba. Nessa mesma época no ano passado, o valor estava em R$ 71,68.

As exportações da pluma produzida em Mato Grosso têm mostrado resultados positivos. Em setembro, por exemplo, os embarques somaram 75,2 mil toneladas, o que trouxe uma receita de US$ 115,8 milhões. Foi o segundo maior volume exportado em um mês de setembro, de acordo com o Imea.

“O volume ultrapassa em 4% a média dos últimos cinco anos. Volumes estes, que haviam sido negociados em momentos de dólar elevado, o que proporcionava maior competitividade da fibra no mercado externo”, diz o Imea, em nota.

A expectativa dos técnicos é de exportações de grandes volumes até o fim do ano, seguindo o que vem sendo historicamente registrado.



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