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Juros futuros curtos sobem com investidores à espera da PEC dos gastos

Veículo: Valor Economico 

Seção: Finanças 

Os juros futuros de curto prazo fecharam em ligeira alta na BM&F nesta segunda­feira, com os investidores ajustando as posições após a queda verificada na sexta­feira. O mercado aguarda a votação da PEC 241, que limita os gastos do governo à inflação do ano anterior, no plenário da Câmara dos Deputados, prevista para hoje à noite. A aprovação da medida é vista pelo mercado como uma importante sinalização de que o governo tem condição de avançar com a agenda de ajuste fiscal e poderia abrir espaço para o Banco Central iniciar o corte da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro. 

O DI para janeiro de 2018 subiu de 11,953% para 12%, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 11,32% para 11,33%. Já o DI para janeiro de 2021 recuou de 11,25% para 11,22%. Investidores ajustam as apostas para a política monetária após a queda verificada na sexta­feira depois resultado do IPCA de setembro abaixo do esperado e de comentários do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em Washington. 

Na edição desta segunda­feira do Valor, a jornalista Claudia Safatle diz que a fala de Ilan não pretendeu ser diferente da feita em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na semana passada. Citando uma fonte, ela diz que a leitura do BC não deve se ater a frases e que o entendimento deve ser feito de maneira “mais holística”. Para a economista­chefe da Arx Investimentos, Solange Srour, a aprovação da PEC 241 é um motivo mais do que suficiente para o BC cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. A economista, que tem como cenário base um corte de 0,25 ponto , pretende mudar a projeção caso a medida seja aprovada sem grandes alterações do texto e com uma votação expressiva, com mais de 350 votos a favor. “O ponto fundamental que vai influenciar as expectativas de inflação é o fiscal”, afirma Solange, para quem a aprovação da medida com um quórum expressivo poderia aumentar a confiança no avanço das reformas como a da Previdência. 



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