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"Previdência e PEC 241 são prioridades" , diz Padilha

Veículo: Valor Economico 

Seção: Política 

O governo deixará temporariamente a reforma trabalhista de lado para centrar fogo na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 e na reforma da Previdência, segundo o ministro­chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ontem em encontro com empresários, em São Paulo. Padilha classificou a PEC 241, que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior, e a reforma previdenciária como "fundamentais". Também defendeu que o intervalo entre a aprovação das duas medidas seja curto. Para destacar a importância da reforma da Previdência, ele afirmou que o sistema se tornará insolúvel "entre 2025 e 2030, se nada for feito". O ministro disse que militares, em conversas com integrantes do governo, não se opuseram a participarem do sistema previdenciário. Já pequenos agricultores, de acordo com ele, poderiam contribuir de maneira "quase simbólica" no combate ao déficit previdenciário. 

Padilha também voltou a garantir que a PEC 241 não diminuirá os gastos com saúde e educação. Para acomodar o crescimento de outras despesas, como as previdenciárias, haverá queda nos gastos "de outras rubricas". Mas o ministro não quis dizer quais serão essas áreas. "A cada dia, a sua agonia", afirmou. Até algumas semanas atrás, Padilha dizia que o governo pretendia dar atenção à PEC 241 e à reforma previdenciária, mas também às reformas tributária, trabalhista e política. Desta vez, disse que questões trabalhistas terão que "andar sozinhas", embora tenha mostrado otimismo com o avanço do projeto de terceirização no Senado. 

Durante o evento Brasil Futuro, que contou com a presença de mais de uma centena de empresários e executivos, Padilha disse que é preciso diferenciar concessões e parcerias com o setor privado, as quais o Poder Executivo pretende estimular, das privatizações. Padilha ainda minimizou as denúncias, feitas pelo ex­advogado geral da União, Fábio Medina Osório, que disse à revista "Veja" que o governo pretendia "abafar" a Lava­Jato. Por outro lado, o ministro reconheceu que o governo vem "perdendo a guerra da comunicação" nas últimas semanas, quando houve protestos contra Temer. "Nós sabemos disso e estamos tomando providências. Devemos ter mudanças nesta semana". 



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