Notícias

Indústria têxtil volta a contratar mais que demitir em julho, diz Abit

Veículo: O Globo 

Seção: Notícias 

 Na contramão da indústria nacional de transformação, o setor têxtil e de confecções registrou em julho mais contratações que demissões, interrompendo meses seguidos de cortes líquidos da vagas. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor fechou o mês de julho com saldo positivo de 1.567 novos postos de trabalho, enquanto a indústria em geral teve corte líquido de 13.298 vagas. Os números foram compilados a partir da base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Em julho de 2015, enquanto a indústria em geral fechou 64.,312 postos, o setor têxtil cortara 8.567. Na avaliação Rafael Cervone, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), os números de julho podem indicar um início de reversão da profunda recessão em que a indústria mergulhou já em 2014.

— O setor têxtil e de confecção tem na mão de obra o seu custo preponderante em função de seu emprego intensivo. Isto nos torna muito sensível às variações macroeconômicas, razão pela qual somos sempre um dos primeiros setores a sentir a sentir a recessão , ajustando os quadros antes de todos — observa o dirigente, para acrescentar: — Porém, a qualquer sinal de retomada, também seremos um dos primeiros a reagir. Apesar de, na média da PNAD contínua, o Brasil estar acusando mais demissões, o nosso setor fechou saldo positivo no mês de julho (segundo CAGED), depois de meses de demissões contínuas.

Além disso, lembra Cervone, o segundo semestre sempre é um pouco mais aquecido para a indústria têxtil, e as empresas do setor vinham operando no "limite mínimo de colaboradores”.

Ao longo de 2015, a indústria têxtil nacional eliminara 98.825 postos de trabalho, depois de ter fechado 2014 com saldo negativo de 20.774 postos.

De acordo com dados da Abit, a recuperação do emprego no setor em julho foi puxada pela retomada no estado de São Paulo, onde houve 1084 contratações líquidas.

— São Paulo representa em torno de 30% do faturamento do setor e todo movimento da economia afeta com maior impacto as indústrias paulistas, em função no número de empresas e empregos que geramos. Demitimos muito, mas agora já puxamos novamente o índice das contratações para cima, com mais de 64% do total de novas vagas — destacou Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo).

 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar