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Com cautela do consumidor, inadimplência cai pelo 3º mês, diz SPC

Veículo: Valor Economico 

Seção: Brasil 

O número de consumidores com o CPF negativado por dívidas caiu pelo terceiro mês consecutivo em agosto. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), no mês passado, o total de pessoas com débitos em atraso no Brasil atingiu 58,8 milhões. A quantidade vem caindo desde maio, quando era 59,3 milhões. Entre maio e junho, o número de devedores negativados recuou 0,33%, para 59,1 milhões. Em julho houve nova queda, de 0,34%, e o total chegou a 58,9 milhões. Entre julho e agosto, a contração foi de 0,17%. A CNDL considera, contudo, prematuro comemorar a queda, que pode não ser necessariamente positiva. 

A entidade avalia que dois movimentos podem ter impactado a inadimplência. “Por um lado, há a recessão, que conta com aumento do desemprego, queda na renda e inflação elevada, o que restringe o poder de compra da população, afetando negativamente sua capacidade de pagamento. O outro movimento consiste na maior restrição de crédito”, afirma em nota Honório Pinheiro, presidente da CNDL. Na visão da entidade, a queda na inadimplência pode estar associada ao temor ou impossibilidade de contrair novas dívidas e não à melhora nas condições dos devedores de honrar seus compromissos. Outros números do relatório parecem indicar que o consumidor está mais cauteloso. 

A quantidade de dívidas em atraso na base do SPC recuou 0,76% entre agosto de 2015 e o mesmo mês deste ano ­ o indicador leva em conta apenas as regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro­Oeste. O Sudeste não entra, devido à Lei do Aviso de Recebimento (Lei do AR) em São Paulo, que tornou mais difícil a negativação dos consumidores. A queda foi puxada principalmente pelas dívidas com comunicação, que abrangem serviços de telefonia e internet, com recuo de 6,8%. As dívidas com bancos também caíram, 0,54%. Por outro lado, cresceram as dívidas com água e luz (2,34%) e comércio (0,55%). 

Os dados mais recentes do Banco Central também apontam uma redução no endividamento dos brasileiros. O indicador que mede o endividamento das famílias, divulgado com defasagem de dois meses, mostra que o estoque da dívida em relação à renda familiar nos últimos 12 meses ficou em 43,7% em junho, o menor patamar desde 2012. O percentual teve cinco quedas consecutivas desde janeiro. 



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