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Em compasso de espera, juro é colocado em ponto morto
Veículo: Valor Economico
Seção: Finanças
Investidores entram em compasso de espera neste início de semana que deve terminar com o Senado ainda decidindo sobre o afastamento definitivo do cargo da presidente afastada Dilma Rousseff. As taxas de juro e de câmbio mostraram evolução discreta nesta segundafeira. O dia terminou sem que surgissem sinais de que poderá ocorrer uma revisão radical na precificação desses ativos. Investidores agarramse a um bolero, demonstrando a intenção de seguir ajustando taxas ao ritmo de dois para lá, dois para cá. A curva de juro plantada basicamente em 12% ao ano com exceção do juro de prazo mais curto entre os de maior liquidez (o DI de janeiro de 2017) que quase esbarra em 14% ao ano sugere aproximação de pontos de suporte para negociação dos contratos de DI, especialmente de prazos mais longos. É fato que juro e dólar já sofreram expressivas correções neste ano e isso facilita traçar um prognóstico de relativo equilíbrio para as próximas duas semanas.
Confiança na perspectiva tida como certeza de que a presidente afastada Dilma Rousseff não será reconduzida ao cargo, que o presidente interino Michel Temer ganhará status de presidente efetivo do Brasil até dezembro de 2018 e que a equipe econômica não será leniente com a política fiscal e, portanto, será cautelosa na gestão da política monetária, patrocinaram uma redução espetacular dos juros de prazos mais longos. Com destaque entre eles para o contrato de DI com vencimento em 2021, uma posição cobiçada por investidores estrangeiros. No ano, até o encerramento dos negócios na quintafeira passada, o juro negociado para 2021 caiu quase 470 pontosbásicos, sendo que cerca de 80% dessa queda ocorreu até 18 de abril primeiro dia de operações no mercado financeiro após a aprovação da admissibilidade do processo pelo plenário da Câmara concluída em 17 de abril.
Confiança na perspectiva tida como certeza de que a presidente afastada Dilma Rousseff não será reconduzida ao cargo, que o presidente interino Michel Temer ganhará status de presidente efetivo do Brasil até dezembro de 2018 e que a equipe econômica não será leniente com a política fiscal e, portanto, será cautelosa na gestão da política monetária, patrocinaram uma redução espetacular dos juros de prazos mais longos. Com destaque entre eles para o contrato de DI com vencimento em 2021, uma posição cobiçada por investidores estrangeiros. No ano, até o encerramento dos negócios na quintafeira passada, o juro negociado para 2021 caiu quase 470 pontosbásicos, sendo que cerca de 80% dessa queda ocorreu até 18 de abril primeiro dia de operações no mercado financeiro após a aprovação da admissibilidade do processo pelo plenário da Câmara concluída em 17 de abril.
De lá para cá, esse contrato de juro manteve sua trilha cadente, mas contida. E, na quinta passada, já exibia sinais de acomodação pouco abaixo de 12% ao ano. Nesta segundafeira, esse mesmo DI de 2021 foi negociado entre 11,85 % e 11,92% durante toda a manhã. Foi também o mais movimentado no pregão da BM&F, embora com volume inferior à metade do observado nos últimos dias. O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 posição que compõe uma dupla de "benchmark" do mercado local de juro, ao lado do DI de janeiro de 2021 não caiu tanto. No ano, até a quinta passada, foram 190 pontosbásicos.
Desde meados de abril, quando deputados deram sinal verde para o andamento do processo de impeachment na Câmara, o contrato com vencimento em prazo mais curto pouca alteração sofreu manteve o patamar de 13% ao ano. Ontem ameaçou colar nos 14%. Especialistas em renda fixa têm sob a mira, contudo, especialmente o contrato de Depósito Interfinanceiro que vence em janeiro de 2018. Essa posição também levou um belo tombo nos primeiros meses do ano e entrou em ponto morto em meados de abril há quatro meses, portanto.
O gerente de uma importante mesa de derivativos, que preferiu não ser identificado, considera o comportamento desse vencimento também negociado na BM&F muito revelador sobre a incerteza que ao menos uma banda do mercado tem em relação à política monetária que será executada pelo Banco Central no ano que vem. "Havia prêmios elevados nas projeções para os juros futuros, mas eles foram podados. E não dá para afirmar que, se for confirmado o impeachment de Dilma, haverá espaço para nova rodada de ajustes mais expressivos dessas projeções para o custo do dinheiro daqui a quase um ano e meio. É um período longo e com eleições municipais no meio", diz o profissional, lembrando que a inflação corrente e as estimativas de mercado estão renitentes. "Somando a isso certa inquietação do mercado com a integridade da emenda constitucional que o governo propõe para estabelecer um teto de gasto público e com a acolhida, efetiva, que a reforma da previdência terá no Congresso, é mais difícil esperar um BC condescendente", conclui.
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