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Analistas que mais acertam não veem corte de juro este ano

Veículo: Valor Economico 

Seção: Brasil 

Os analistas do grupo Top 5, os que mais acertam as previsões de juros e inflação, não esperam mais corte da Selic este ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. O grupo elevou, pela terceira semana, a expectativa para o IPCA de 2016, de 7,41% para 7,51% e, desta vez, junto com a piora da previsão do indicador também revisou a projeção para a Selic de 13,75% para 14,25% ao ano, nível atual. As estimativas para 2017 não foram alteradas, com o IPCA em 5,25% e a Selic em 11,25%. Essas são as medianas das projeções do Top 5 de médio prazo. As expectativas do grupo têm se deteriorado desde a divulgação do IPCA de julho, que subiu 0,52%, bem acima do esperado. Quando se olha as médias das estimativas desse grupo de médio prazo, há um aumento na projeção da Selic, de 13,65% para 13,95% em 2016, mas a projeção para o IPCA se mantém em 7,40%. 

As expectativas para atividade econômica em 2017 melhorarem, enquanto as projeções este ano foram mantidas. A mediana das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem saiu de 1,1% para 1,2%. Essa melhora ocorre após o governo federal ter revisado a projeção do PIB do próximo ano de 1,2% para 1,6%. A nova estimativa vai nortear a elaboração da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, que será encaminhada ao Congresso Nacional até o dia 31. Para 2016, o governo revisou a queda do PIB de 3,1% para 3%. No Focus, a projeção para este ano foi mantida em queda de 3,20%. 

Ao explicar as revisões, na semana passada, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, afirmou que o governo vê progressos em vários indicadores financeiros, como o risco­país, que caiu, e a bolsa de valores, que subiu nos últimos meses. O secretário também citou a melhora dos indicadores de confiança como determinante para a revisão. Ainda segundo Hamilton, o governo estima crescimento do PIB ainda no quarto trimestre deste ano com retomada do investimento. 

Parte do otimismo demonstrado pelo governo tem sido reforçado pelos índices de confiança. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu em agosto para 51,5 pontos, ultrapassando a linha divisória dos 50 pontos e voltando ao campo otimista após 28 meses. A melhora foi puxada por todos os quesitos da pesquisa, mas em especial pelas expectativas. A arrecadação, embora tenha apresentado queda real em julho ­ e o pior resultado desde 2010 para o mês ­ foi celebrada pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, que considerou julho "o melhor mês do ano" para a arrecadação do governo federal. 



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