Notícias

"Fundo do poço ficou para trás" , diz CEO da Riachuelo

Veículo: Valor Economico 

Seção: Empresas 

Depois de apresentar queda de 51,4% no lucro do segundo trimestre, chegando a R$ 36,3 milhões, a Guararapes, dona da varejista Riachuelo, anunciou que espera melhorias no terceiro trimestre, tanto nas vendas do varejo, quanto nos serviços de crediário aos consumidores. "O segundo trimestre foi o mais desafiador para a companhia e para a economia brasileira. O fato de termos apresentado reversão nos números de vendas mesmas lojas [unidades existentes há mais de 12 meses] e de a receita consolidada ter crescido já deixam a sensação de alívio. O fundo poço começa a ficar para trás", afirmou Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.

No segundo trimestre, a companhia registrou uma receita líquida consolidada de R$ 1,462 bilhão, com crescimento de 10,3% em relação ao mesmo intervalo de 2015. As vendas em mesmas lojas aumentaram 1,5%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegou a R$ 131,9 milhões, com queda de 25,9%. Tulio Queiroz, diretor financeiro da Riachuelo, disse que a queda no lucro está associada, em parte, aos esforços da companhia para reduzir estoques. "Espero que a redução de estoques, o aperfeiçoamento da coleção e o novo centro de distribuição levem a operação de varejo a ter crescimento na margem de lucro bruto nos próximos trimestres", disse Queiroz. Ele informou que a partir do dia 31 vai operar com toda capacidade um novo centro de distribuição em Guarulhos (SP), que é 100% automatizado e faz a separação de produtos peça a peça, para cada loja. 

"Esse novo modelo já terá impacto no resultado operacional da companhia no terceiro trimestre, com efeito mais forte no quarto trimestre", afirmou o presidente da Riachuelo. A empresa também informou que espera melhora no desempenho do braço financeiro. No segundo trimestre, a receita da operação financeira cresceu 15,8%, para R$ 414 milhões. Os gastos com provisão para créditos de liquidação duvidosa, por sua vez, aumentaram 56,6%, para R$ 181,8 milhões. Assim, o índice de perda do cartão Riachuelo fechou a 8,7%, ante 6,2% no segundo trimestre de 2015. E o índice de perda das operações de empréstimo pessoal ficou em 18,6%, ante 11,7% um ano antes. 

Queiroz disse que o ciclo de aumento nas perdas com inadimplência se encerrou no segundo trimestre. "No terceiro trimestre, estamos com volumes menores no empréstimo pessoal. Também reduzimos as emissões de cartões Riachuelo. A expectativa é ter melhora em serviços financeiros no terceiro trimestre", afirmou o diretor financeiro. Ele acrescentou que espera para o terceiro trimestre uma estabilização nos níveis de perdas com devedores duvidosos e, a partir do quarto trimestre, redução da inadimplência. 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar