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Temer terá que abrir mão do ‘vício de consenso' , afirma Flávio Rocha

Veículo: Valor Economico 

Seção: Empresas 

O presidente interino Michel Temer terá que atuar de forma mais firme para conseguir obter a aprovação de reformas, afirmou Flávio Rocha, vice­presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e presidente da Riachuelo. “Tomara que essa certa tibiez (fraqueza) de que estão acusando o presidente seja decorrente da interinidade e não do perfil dele. Porque as medidas a serem tomadas são duras, impactantes, dificilmente formarão consenso", disse. Segundo o executivo, "a vida toda ele viveu à sombra da construção de consensos". "Talvez o Temer tenha que abrir mão desse vício e fazer o enfrentamento das questões necessárias.” Flávio Rocha acrescentou que a reforma da Previdência nunca atingirá consenso de opiniões. 

O presidente da Riachuel também afirmou que considera o impeachment de Dilma Rousseff “irreversível”. “E a perspectiva é que venham recursos de investidores após esse processo. Em seguida, virá a ressurreição da confiança do consumidor, que é o que puxa o varejo. A continuar esse ciclo e tomadas as medidas necessárias pelo governo, teremos um segundo semestre melhor”, afirmou. Rocha disse ainda que a recessão tem afetado mais o pequeno varejo em comparação às grandes redes. “No ano passado foram fechadas cem mil lojas no Brasil e tudo indica que neste ano outras cem mil vão fechar, a maioria de pequeno varejo”, afirmou. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no primeiro semestre, 67,9 mil lojas fecharam as portas, ante 27,8 mil no mesmo período de 2015. 

Na avaliação do IDV, o pior momento do varejo foi em abril e maio deste ano. Desde junho, os indicadores apontam melhora. O Índice Antecedente de vendas (IAV­IDV) fechou junho com queda de 6,4% e aponta melhora no quadro nos meses seguintes, com queda de 5,4% em julho, queda de 1% em agosto e de 0,6% em setembro. Para o segmento de produtos semiduráveis, que inclui vestuário e calçados, as previsões são de alta de 0,1% em julho, 1,8% em agosto e 2,8% em setembro. 



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